Documentário lançado esta quinta-feira (21/11)
A Netflix lançou esta quinta-feira (21) um documentário sobre o crescimento da Liga Saudita, que conta com o testemunho de Cristiano Ronaldo. Em “Saudi Pro League: Pontapé de Saída“, o jogador do Al Nassr falou sobre os motivos e as ambições para abraçar o desafio saudita.
“Estou aqui para ganhar troféus e tornar a liga melhor. Ganhei tudo na Europa e para mim é um novo desafio. Quero deixar um legado. É o que quero. Dizem que o Cristiano está acabado, que estou aqui apenas para ganhar dinheiro. Continuo a sentir paixão“, aponta o capitão da seleção nacional, no trailer divulgado pelo próprio nas suas redes.
Dividida em seis capítulos de 45 minutos cada, a série acompanha a chegada de várias estrelas internacionais ao país. Além de Cristiano Ronaldo, com quem “a esperança de um novo legado” se instala, a Netflixentrevistou também Karim Benzema, Neymar e Jorge Jesus, para citar apenas alguns nomes.
Cristiano Ronaldo foi pioneiro, diz craque
O treinador português avaliou as condições de trabalho com que se deparou na chegada à Arábia Saudita. “O Al-Hilal tem uma boa estrutura, ideal para que um treinador possa desenvolver bem o seu trabalho. Estou num clube que é, na minha opinião, o maior clube da Ásia”, diz Jorge Jesus no documentário, com um pupilo seu a elogiar também a evolução do futebol local.
“A Liga Saudita vem crescendo a cada dia. O Cristiano Ronaldo foi o pioneiro disso tudo”, considerou Neymar, com o documentário a incidir também no talento local e nos jogadores que, embalados pelo exemplo estrangeiro, se mostram mais competitivos e ambiciosos.
“Tudo é diferente”
“O povo saudita tem uma paixão histórica por futebol“, ouve-se uma narradora dizer, em árabe. “Este é o momento em que transformamos o jogo”, vaticina outra voz. E apesar do sucesso crescente, que o documentário tenta retratar, a Netflixnão foge à realidade e dá, também, espaço à insatisfação que Benzema.
O internacional francês, que não foi feliz na sua passagem pelo futebol asiático, explicou os seus motivos perante as câmaras.
“Como posso explicá-lo? Tudo é diferente. Não só o relvado, mas tudo à sua volta. Vir para cá significa mudar de casa e adaptar-me à vida, mesmo que seja ótima. Temos de aprender a jogar com jogadores diferentes, um jogo diferente, um treinador diferente. Há muito trabalho a fazer para mudar”.
O avançado também não gostou da pressão mediática. “Não preciso de jornalistas a comentar a minha vida. Sei quem sou, sei o jogador que sou, sei o que faço e o que consigo fazer. Com a idade que tenho, com o que ganhei e o que represento, não preciso de nenhum jornalista. Podem dizer o que quiserem”.