Louis Saha revela como Cristiano Ronaldo revolucionou a posição de extremo e elogia a sua ética de trabalho exemplar

“O papel dele era cruzar a bola…”

Louis Saha, antigo avançado e ex-colega de Cristiano Ronaldo no Manchester United, destacou numa entrevista recente à agência Lusa o impacto único do craque português no futebol moderno.

Para ex-internacional francês, CR7 não só transformou a posição de extremo, como também se destacou pela ética de trabalho e longevidade extraordinária. O atual empresário realçou igualmente o papel fundamental do luso nas conquistas da seleção de Portugal.

Evolução do português na posição de extremo: “Eu conheci-o como extremo. Supostamente, o papel dele era cruzar a bola para o Van Nistelrooy, para mim ou, mais tarde, para o Carlos Tévez. Na última época em que estou no United, ele marcou mais de 40 golos. Sem dúvida, Cristiano Ronaldo revolucionou a forma como os extremos jogam.”

O que terá Saha dito sobre a ética e profissionalismo de Cristiano Ronaldo?

Ética de trabalho e dedicação que Ronaldo tinha nos treinos: “Ninguém aguentava aquela rotina. Ele chegava mais cedo aos treinos, fazia mais do que os outros, era incansável. Mas, mesmo depois do treino, ainda fazia trabalho extra. Era uma verdadeira máquina.”

Profissionalismo extremo e atenção aos detalhes na preparação física e recuperação: “Cristiano estava obcecado com a alimentação, o sono, a recuperação e fazia isso antes de toda a gente falar em performance recovery [ou seja, recuperação do desempenho]. Era, pois, um exemplo de como o corpo deve ser tratado para aguentar o futebol de alto nível durante muitos anos.”

“Ele mudou a história do futebol português”

Longevidade impressionante: “Aos 40 anos, com mais de 900 golos na carreira, continua a competir ao mais alto nível. Aliás, ele recuperava em dois dias de algo que a outros levava uma semana. Isso é fruto do trabalho árduo e da mentalidade que ele tem.”

Impacto decisivo de Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa: “De facto, Portugal nunca tinha vencido nada antes dele. O que ele fez pelo país, conquistando o Euro 2016 e as Nations League de 2019 e 2025, é, portanto, incomparável. Ele mudou a história do futebol português.”