Com apenas 19 anos, o português Gustavo Sá já é um dos principais ativos do Famalicão e sonha com grandes voos na carreira. Numa entrevista recente ao jornal italiano Tuttosport, admitiu que, naturalmente, Cristiano Ronaldo é a sua grande referência.

“O melhor de sempre”

O meu ídolo é o Cristiano Ronaldo, o melhor de sempre. Sou português e não podia ser de outra forma [risos]. Mas, para além do CR7, não tenho outras referências futebolísticas. Só penso em melhorar o meu jogo. De quem gosto em Itália? Eu digo o Barella, é um jogador de topo, respondeu o internacional sub-21.

Sobre a importância do Famalicão na sua vida, afirmou: O Famalicão deu-me a oportunidade de me tornar um verdadeiro jogador. Nunca deixarei de lhes estar grato por isso. O meu crescimento tem sido paralelo ao do clube. Melhorámos e estamos a melhorar juntos. Sinto-me muito mais maduro e confiante.”

Acerca do sonho europeu no Famalicão, referiu que está presente, mas não existe qualquer pressão. “Não temos planos específicos em relação à Europa. Sabemos que podemos lá chegar, seja na Liga Conferência, na Liga Europa ou na Liga dos Campeões, mas não é um objetivo atingir isso a todo o custo. Vamos tentar lutar todas as semanas”, salientou o jovem talento português.

“Daria [o prémio] ao João Neves”

Nomeado para o prémio Golden Boy, destinado ao melhor jogador abaixo de 21 anos a atuar na Europa, Gustavo Sá recorda como recebeu a notícia. Fiquei a saber graças a um post no Instagram do Famalicão [risos]. Assim que cheguei a casa, o meu pai estava muito entusiasmado e não parava de me mostrar dezenas de sites a falar dos vários candidatos. Para um jovem jogador como eu, fazer parte deste ranking é algo extraordinário. Sinto-me orgulhoso do jogador que me estou a tornar, afirmou.

Ainda assim, não tem a esperança de repetir os feitos, em termos nacionais, de Renato Sanches e João Félix, que venceram o prémio em 2016 e 2019, respetivamente. “Tenho de ser sincero: neste momento, há candidatos que estão a um nível diferente do meu e que o merecem muito mais. Mas se alguma vez o ganhasse, seria uma emoção indescritível para mim, bem como para a minha família”, observou o jogador natural da Póvoa de Varzim.

Quando questionado sobre qual seria o futebolista a quem daria o prémio, optou por um português: “A quem o daria? Diria que daria ao João Neves. Somos amigos e acho que ele é um jogador extraordinário. Sim, o Lamine Yamal é mais novo e fez um Campeonato da Europa louco. Mas pela continuidade que o João tem demonstrado, primeiro no Benfica e agora no PSG, acho que merece mais”, vincou.

“Não tenho uma equipa preferida”

A Serie A conta igualmente com alguns jogadores portugueses e Gustavo Sá referiu que acompanha o campeonato. “Sim, como toda a gente. Não tenho uma equipa preferida. Gosto de ver a Juventus, o Inter e o Milan…os melhores”, disse o médio, que referiu igualmente aquilo que acha que é como jogador.

Gosto de atuar como médio, clássico 8 box-to-box, mas também atrás dos avançados para os mandar para a baliza e também marcar mais alguns golos. Dito isto, não importa em que zona do campo o treinador me pede para jogar, desde que eu possa dar uma ajuda à equipa”, destacou o atleta de 19 anos.

Na atual temporada, Gustavo Sá tem oito jogos realizados pelo Famalicão, com um golo e uma assistência. Recentemente, foi chamado à seleção sub-21, mas acabou por sair da convocatória devido a lesão.