Villas-Boas não gostou da época do FC Porto
O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, fez um balanço duro da época do clube em 2024/25. Num editorial escrito na revista Dragões, o timoneiro do emblema da Invicta não poupou nas palavras, referindo-se, inclusivamente, na sua análise, ao treinador Martín Anselmi, de saída.
“Finda agora uma época desportiva que, sem rodeios, ficou aquém das expetativas“, começou por dizer Villas-Boas. “O compromisso de trabalho sério, rigoroso, com foco nos resultados, a ambição e a compromisso com a vitória não se fizeram sentir de uma forma transversal”, afirmou, para explicar os maus resultados no futebol sénior.
“Temos que assumir, sem rodeios, que a época de 2024/2025 foi, no seu todo, uma época frustrante apesar da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira“, analisou o presidente azul e branco, não se refugiando e assumindo o sentimento do universo portista.
A saída de Martín Anselmi
“O balanço desta época é, portanto, de insatisfação e revolta“, admitiu. Não acusando diretamente o treinador Martín Anselmi, Villas-Boas acabou por colocar o argentino no “pacote” de responsabilidades, que obrigou a mexidas profundas para a nova temporada.
“No FC Porto a exigência e o compromisso com a vitória são inegociáveis e é por isso que estarmos a dar início a um processo de renovação funcional e organizacional da área desportiva que levou à saída do treinador Martín Anselmi”, afirmou, desejando, contudo, sorte ao técnico.
Elogio aos internacionais
“É fundamental identificar os problemas que nos impedem de atingir esses objetivos, fazer o devido diagnóstico e desenhar e executar o plano que nos vai permitir alcançá-los”, detalhou Villas-Boas, transmitindo que a Direção está planear de forma diferente a época de 2025/26.
Ainda assim, o presidente dos dragões realçou o contributo dos “cinco jovens internacionais no Euro Sub-17”, que ajudaram Portugal a conquistar o troféu, “assim como os restantes oito atletas que, formados no clube ou com passagem por cá, contribuíram para a vitória de Portugal na Liga das Nações“, destacando Diogo Costa e Rodrigo Mora.
“Os seus desempenhos ao serviço da Seleção Nacional sublinham a qualidade da nossa formação e apontam para um futuro promissor, onde o talento que cresce em casa, na nossa casa, terá cada vez mais espaço no plantel principal”, disse, apontando para uma aposta na formação.