Clássico de uma nota só

O Benfica dominou e goleou o FC Porto por 4-1 este domingo (10), em partida a contar para a 11.ª jornada da Liga Portugal. Di María roubou a cena, bisou e liderou uma atuação de gala dos encarnados.

Bruno Lage regressou com o onze habitual após o rendimento desiludido na derrota para o Bayern de Munique na Champions League. Di María e Pavlidis no comando do ataque. Já Vítor Bruno fez duas alterações na equipa que venceu o Estoril: Eustáquio e Galeno iniciaram nos lugares de Namaso e Pepê.

Domínio benfiquista

Logo nos primeiros minutos, o cenário do jogo mostrava um ímpeto maior dos mandantes. Benfica tinha o controlo da posse de bola, ocupava o terreno adversário e explorava descidas de Carreras para incomodar o FC Porto.

O clássico tinha um dono: os encarnados. Di María rematou em duas oportunidades, Kokçu cobrou livre e Diogo Costa não parava de trabalhar.

Mas Carreras seria o primeiro a marcar, aos 30′. Numa descida pela esquerda, o lateral recebeu lançamento de Tomás Araújo, entrou na área e rematou com o pé direito. Um desvio em Varela foi o suficiente para a bola morrer nas redes.

Foi a melhor exibição do Benfica desde o regresso de Lage?

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O Benfica quase aumentou com Pavlidis em duas vezes. Na primeira, esteve fora de jogo, apesar da intervenção de Diogo Costa. Na segunda, um remate cruzado de pé esquerdo parou no poste.

Samu ‘encontrou’ um golo

Samu não conseguia aparecer no jogo. O FC Porto encontrava sérias dificuldades na saída de bola e pouco acionava o ataque. Galeno, por sua vez, destacou-se como um desafogo dos portistas e causou problemas a Bah no flanco esquerdo.

Foi nesse setor que nasceu o único golo dos visitantes. Num cruzamento rasteiro de Moura, Otamendi falhou no timing da bola, tropeçou no relvado e Samu apenas completou às redes, aos 44′. Um achado diante do domínio benfiquista.

Di María rege o Benfica e inflama a Luz

A segunda parte seria uma continuação da primeira. Benfica no controlo das ações ofensivas, enquanto o FC Porto exibia uma certa apatia em campo. O meio-campo era totalmente controlado pelos encarnados.

Com mais ímpeto, o Benfica não demorou a chegar ao segundo golo. Akturkoglu recuperou a bola no ataque, passou a Aursnes, que assistiu precisamente Di María. O argentino rematou com categoria diante de Diogo Costa, aos 56′.

Pouco depois, veio o terceiro golo. Tomás Araújo, de novo, participa da construção e lança Bah pela direita. Eustáquio atira-se a bola, mas não alcança. O lateral-direito centra rasteiro, Pavlidis e Nehuén Pérez disputam espaço, e o defesa portista faz um autogolo, aos 61′.

Quase Aursnes recolocou o FC Porto no jogo num passe delicado na área, mas Samu não atingiu a bola. Di María, então, voltou a dominar. Seja em lances bonitos, arrancadas em contra-ataque ou passes precisos. O argentino serviu Aursnes, que desperdiçou uma boa chance numa transição rápida.

O argentino levaria as bancadas da Luz ao delírio aos 82′. Varela ergueu o pé em demasia e atingiu Otamendi na área. Penálti assinaldo por João Pinheiro. Na cobrança, Di María esperou Diogo Costa e apenas deslocou para fazer o bis.

Os minutos finais foram uma mera formalidade. O FC Porto não conseguiu causar problemas ao Benfica na segunda parte, mesmo com entradas de Pepê e Namaso. Uma exibição dominante dos encarnados, mas, ao mesmo tempo, uma exibição catastófrica dos dragões.