Rúben Amorim quer distância do quinteto que pediu a saída
O treinador português do Manchester United, Rúben Amorim, após ter-lhe sido transmitido os pedidos de Marcus Rashford, Jadon Sancho, Alejandro Garnacho, Antony e Tyrell Malacia para deixar o clube, fez-lhes a vontade e deu uma ajuda nesse sentido, ao colocá-los a treinar à parte do grupo que comanda.
A notícia é avançada esta segunda-feira pelo portal britânico The Athletic, que dá conta da medida disciplinar tomada por Rúben Amorim, desejando, desta forma, evitar contacto entre os cinco jogadores que pretendem abandonar Old Trafford e o restante plantel às suas ordens.
De resto, a única parte positiva que Rúben Amorim realmente espera destes cinco jogadores é que sejam vendidos e rendam bom encaixe financeiro aos cofres do clube para poder reinvestir em reforços que ofereçam garantias de sucesso e de o ajudar a recolocar o Manchester United no local que ocupou durante anos a fio com Sir Alex Ferguson, o topo do futebol inglês.
Investimento desperdiçado
e cotações sobrevalorizadas
Feitas as contas, olhando para estes cinco jogadores, todos eles partilham algo em comum: o investimento não correspondeu, nem de longe, nem de perto, ao rendimento em campo. O caso menos grave é o do neerlandês Tyrell Malacia, pois o lateral-esquerdo custou apenas 15 milhões de euros aos red devils e não recebia um ordenado a peso de ouro.
O mais grave – embora sempre sujeito a interpretações mais ou menos subjetivas – será o de Marcus Rashford. Apesar de não ter representado custo em termos de aquisição, pois trata-se de prata da casa, o inglês sempre gozou de estatuto de estrela e pago como tal, apesar de evidenciar rendimento inconstante, época após época.
Extremos sem asas para
voar em Old Trafford
Além de Marcus Rashford, que chega aos 27 anos como se ainda fosse, de certa forma, uma promessa eterna que nunca atingiu o patamar esperado, o certo é que atingiu o patamar possível. Aos 27 anos, Rashford não vai evoluir nem vai crescer, pois já não há potencial para explorar e, portanto, é óbvio que não dará mais do que o constatado ao longo de todos estes anos no Manchester United.
O atacante inglês até poderá culpar Rúben Amorim, mas, nesse caso, também terá de culpar os antecessores do português e, recentemente, o espanhol Unai Emery, já que o rendimento no Aston Villa foi apenas mais do mesmo, ou seja, fraco: dois golos e duas assistências em 10 jogos, não tendo sequer cumprido os 90 minutos em qualquer uma das partidas em que jogou pelos villains.
Sobra o trio Garnacho, Sancho e Antony. O argentino chegou novo e quase de graça, oriundo do Atlético Madrid, foi promovido ao plantel principal, mas, tal como Rashford, foi sempre inconstante. A diferença é que ainda tem apenas 21 anos. O extremo inglês Jadon Sancho custou €85 milhões, contratado na época 2021/22 ao Borussia Dortmund, e foi um flop. O extremo brasileiro Antony, do Ajax, foi ainda mais caro (€95 milhões) e também ficou muito longe de provar o porquê de o Manchester United ter pago tanto dinheiro pelo seu passe.