Alívio!

O FC Porto anunciou, nesta quinta-feira (14), que conseguiu renegociar parte da dívida do clube.

O êxito nesta operação ocorreu após um acordo com investidores institucionais norte-americanos através de uma emissão de obrigações no valor de 115 milhões de euros. Os detalhes foram enviados pelo emblema portista à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) . Com esta intervenção, os azuis passam a ter mais argumentos financeiros.

Alívio para as contas dos azuis

“Esta operação vai permitir, sobretudo, a sustentabilidade do clube, não só a longo prazo, mas também a curto e médio prazo, nomeadamente para fazer face aos encargos financeiros que tem e para baixar o custo da dívida. Esta é uma operação da qual nos orgulhamos muito, é um passo histórico para o FC Porto”, declarou o presidente do clube, André Villas-Boas (AVB).

“Dará outra credibilidade junto a fornecedores, clubes e agentes, em relação aos quais o clube foi acumulando uma dívida substancial. Em realidade, é uma dívida contraída para pagar dívida, mas que nos permite em linha com os próximos 25 anos crescer a nível operacional, comercial e desportivo”, acrescentou o dirigente.

André Villas-Boas vai conseguir solucionar a questão financeira do clube?

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Meses de negociações

AVB destacou que as negociações decorreram ao longo dos últimos meses. “Foram sete largos meses de negociações com a banca internacional e é importante para nós termos a nossa credibilidade reconhecida enquanto clube, mas também enquanto Administração”, revelou, aplaudindo o papel da equipa liderada por Pereira da Costa.

“Aproveito para dar os parabéns a todas as pessoas envolvidas e não foram poucas do ponto de vista jurídico, comercial e financeiro. Foi um grande trabalho do José Pedro Pereira da Costa”, apontou.

Criada nova sociedade

Por sua vez, o administrador financeiro da FC Porto SAD, José Pedro Pereira da Costa detalhou toda a operação que foi levada a cabo.

“Trata-se de uma operação inovadora a nível nacional e internacional. É uma operação de muito longo prazo, pois estamos a falar de uma operação de 25 anos. É uma emissão obrigacionista que vai ser feita através de uma sociedade que é Dragon Notes”, explicou.

“Aproveito para referir que esta emissão foi possível após a renegociação do acordo com a Ithaka, uma renegociação que foi feita já pela atual Administração e que possibilitou esta operação de emissão de dívida a partir dos 70% dos direitos económicos da Porto Stadco”, acrescentou.

Investidores norte-americanos

Os contornos só foram favoráveis aos da Invicta devido ao auxílio de investidores norte-americanos.

“É uma operação de 115 milhões de euros, portanto, é uma operação de grande dimensão. Estamos a falar sobretudo de grandes investidores americanos, que normalmente investem com estes prazos muito longos e em empresas com boa qualidade de crédito. Estamos a falar, essencialmente, de grandes seguradoras americanas”, apontou.

Desta forma, as condições para o pagamento do empréstimo vão ter uma taxa “que é muito vantajosa para o FC Porto. Vamos pagar 5,62% de juro anual, o que para uma emissão de 25 anos é muitíssimo positivo. É uma operação que vencerá em novembro de 2049 e nos primeiros três anos só vamos pagar os juros”, salientou o responsável.

Sendo que a partir de novembro de 2028 será realizada uma “amortização de capital e juros em prestações constantes, numa modalidade similar ao crédito à habitação. Vamos ter um valor fixo anual que pagaremos de capital e juros”, finalizou José Pedro Pereira da Costa.