O FC Porto apresenta-se com ambição renovada em 2025/26

Após duas temporadas a terminar em 3.º lugar, confinado a uma disputa pela qualificação para a Liga Europa, com o SC Braga, o FC Porto está determinado em regressar ao seu lugar natural de forte candidato ao título e deixar para trás estas duas épocas deprimentes, de desencanto e desilusão para os adeptos.

A anterior terminou com o vexame de o FC Porto ter saído pela porta dos fundos do Mundial de Clubes, como a pior equipa europeia da competição, quando, na prova, havia, por exemplo, um RB Salzburgo, da Áustria, que nunca ganhou uma única prova da UEFA para amostra.

Desta forma, verteu o copo de água, que já estava cheio, quase a transbordar. O presidente André Villas-Boas decidiu dar um murro na mesa, despediu Martín Anselmi do cargo de treinador e também afastou Andoni Zubizarreta, diretor desportivo com quem havia trabalhado no Marselha.

O presidente contratou Francesco Farioli para novo técnico, Paulo Araújo chegou do Barcelona para o importante cargo de diretor de scouting e com Zubizarreta afastado, a figura de diretor desportivo foi reforçada em Jorge Costa, diretor do futebol profissional, falecido esta terça-feira, dia 5 de agosto de 2025.

Maior mercado de sempre
na história do FC Porto

A 7 de julho, André Villas-Boas declarou que “este poderá ser o maior mercado de sempre do FC Porto” e o presidente do FC Porto estava a falar muito a sério, passando das palavras aos atos. Os dragões já contrataram oito jogadores para elevar o grau de qualidade do plantel, além de terem adquirido, por exemplo, a totalidade do passe de Samu. Ou seja, o FC Porto vai em €88,6 milhões gastos em contratações, pelo que este é, efetivamente, o maior mercado de sempre dos dragões.

O sinal está dado aos rivais Benfica e Sporting: depois da época anterior, em que André Villas-Boas viu-se obrigado a desinvestir para equilibrar as finanças, esta época o FC Porto está muito diferente, apresentando-se comprador, confiante, com uma postura dominadora.

E além das compras, que têm dado sinais muito favoráveis – logo a começar por Victor Froholdt, que gerou a loucura em Espanha – há que salientar a criteriosa escolha nas dispensas de vários jogadores que haviam demonstrado há muito não estarem à altura dos pergaminhos do clube e de outros que, a seu tempo, sem surpresa, receberão igualmente guia de marcha.

Os adeptos azuis e brancos depositam fortes esperanças em Francesco Farioli e no renovado plantel azul e branco para voltar a celebrar a conquista do campeonato. Foto: FC Porto

Remodelação do plantel
não está ainda concluída

O FC Porto já evidenciou excelentes sinais de estar no bom caminho para voltar a construir uma equipa forte e competitiva, porém André Villas-Boas, com a sua experiência de ter sido um treinador vencedor e de sucesso, tem a noção de que nada pode ser deixado ao acaso.

O treinador italiano Francesco Farioli, após a má experiência no Ajax, ao perder o título neerlandês na reta final da Eredivisie, quando este parecia estar já mais que garantido, também não está disposto a facilitar um centímetro e entende que o FC Porto constitui oportunidade de ouro para deixar o trauma Ajax enterrado.

Apoiado por André Villas-Boas e até há algumas horas, por Jorge Costa, Farioli tem mostrado rigor e critério nas escolhas (além de exibir um futebol intenso e dinâmico), tanto que a imprensa indica não estar fechado ainda o mercado do FC Porto, pois há mais posições para reforçar: um lateral-esquerdo, um defesa-central, um trinco e um extremo-direito.

Por último, há uma forte envolvência sentimental no FC Porto, que poderá servir de motivação extra na luta pela conquista do título. Para os adeptos – e André Villas-Boas sabe bem disso – seria de grande importância que a equipa pudesse dedicar o título póstumo ao presidente eterno Pinto da Costa, ao grande capitão, Jorge Costa e, apesar da curta passagem, a Diogo Jota e ao irmão André Silva, igualmente falecidos em 2025 e que também defenderam o brasão abençoado.