Homenagens em falta
A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa está a provocar uma onda de solidariedade no mundo do futebol. O antigo presidente do FC Porto, que conquistou o maior número de títulos a nível mundial, tem inspirado múltiplas homenagens. Mas há dois clubes que, até à data, não se pronunciaram sobre o óbito.
Da parte do Benfica e do Sporting, não foi emitido qualquer comunicado oficial relativo ao falecimento de Pinto da Costa. Mesmo que os treinadores Bruno Lage e Rui Borges tenham enviado condolências, isso não é suficiente para o atual presidente do FC Porto.
Assim, André Villas-Boas condenou a postura institucional dos clubes de Lisboa: “Amanhã há uma cerimónia solene e vamos aguardar alguma resposta. Não achamos normal este comportamento que faz esquecer uma pessoa que marcou o futebol nacional e internacional“, afirmou na chegada ao aeroporto do Porto depois o jogo com o Farense.
O que disse André Villas-Boas?
A principal diferença entre Pinto da Costa e André Villas-Boas sempre foi a atitude conciliadora do atual detentor do cargo: “Custa-nos este tipo de comportamento, principalmente quando após a minha eleição tentámos pautar-nos pelo encontro dos três grandes, no sentido de elevar o bom nome do futebol português“, relembrou.
“É uma perda enorme para a nação portista e não podemos deixar de lamentar que, até este momento, nem a mim nem ao FC Porto tenham sido endereçadas as condolências“, lamentou André Villas-Boas. Mas apesar da desilusão, ele mantém a esperança.
“Amanhã é o dia da despedida ao maior presidente do FC Porto e aguardemos para ver se temos alguma representação institucional por parte dos dois clubes de Lisboa. Se assim for, achamos que é o mínimo de todas as formas”, concluiu Villas-Boas em relação a este tema.
Villas-Boas não vai ao funeral de Pinto da Costa
A relação entre Pinto da Costa e André Villas-Boas complicou-se após a eleição de 2024 no FC Porto. Mas o presidente vai cumprir o desejo do antecessor e não marcará presença no seu funeral: “O momento é sensível, tenho muito apreço por Pinto da Costa. Não quero hostilizar nem o momento que é solene nem a sua família, nem quero ir contra a sua palavra.”
Então, só uma circunstância poderá mudar a decisão de Villas-Boas: “A sua palavra foi direta e clara e pretendo respeitá-la. Assim também será se o cortejo fúnebre se deslocar ao Estádio do Dragão. Havendo desejo da parte da família, repensarei“, admitiu.