Boa notícia para o FC Porto
O FC Porto vive uma temporada desafiante, ocupando o 4.º lugar da Liga Portugal, depois de uma pesada derrota frente ao Benfica. Além disso, a relação entre os jogadores e o presidente André Villas-Boas está tensa, enquanto o treinador Martín Anselmi está sob apertado escrutínio até ao final da época. Mas no meio das dificuldades, surgiu uma boa notícia para o clube.
Nesta quarta-feira (9) a Lei n.º 53A/2025 saiu em Diário da República, introduzindo alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT). Conhecida como Lei dos Solos, esta mudança tem um impacto positivo no projeto do Centro de Alto Rendimento (CAR) do FC Porto, permitindo ao clube de avançar com a compra dos terrenos e o posterior licenciamento da infraestrutura.
CAR vai avançar em Gaia
A construção do CAR foi uma das promessas eleitorais de André Villas-Boas e começa agora a ganhar forma. Então, o FC Porto vai adquirir os terrenos sem financiamento externo, graças aos acordos com a Ithaka e a Dragon Notes, que asseguraram liquidez suficiente. Ainda assim, o custo estimado ronda os 30 a 35 milhões de euros, sendo uma das grandes prioridades estratégicas do clube.
Anteriormente, Pinto da Costa idealizou um projeto semelhante na Maia. Mas esta ideia acabou por ser abandonada, tanto por razões financeiras como pela preferência de Villas-Boas pela solução de Vila Nova de Gaia. Isto porque o clube já as suas infraestruturas de formação na margem sul do rio Douro.
Câmara Municipal já aprovou
Dias antes da publicação da nova lei, a Câmara Municipal de Gaia aprovou o Pedido de Informação Prévia sobre os terrenos para o CAR. Os pareceres técnicos foram positivos, permitindo ao clube dar início à compra dos 31 hectares de terreno; deverão custar cerca de quatro milhões de euros. Segue-se assim a apresentação do projeto final aos sócios.
Por outro lado, processo de licenciamento dependerá da burocracia. O plano de construção, com duração prevista de dois anos, inclui cinco campos de dimensões oficiais, um estádio para dois mil espetadores, hotel, ginásios, zonas de hidroterapia e fisioterapia, balneários, salas multifuncionais, auditório com 56 lugares e mais de 200 lugares de estacionamento.
André Villas-Boas pretende também a construção de um pavilhão desportivo, mas a sua localização não deverá ser em Gaia. Assim, em articulação com a Câmara Municipal do Porto, o FC Porto está a explorar a possibilidade de construir o recinto numa próxima do Estádio do Dragão, libertando assim mais espaço no CAR para a equipa principal.