“Nada mais falso…”

Jorge Nuno Pinto da Costa quebrou o silêncio pela primeira vez, desde que deixou de ser o presidente do FC Porto. O ex-dirigente dos dragões visou então a atual direção de André Villas-Boas e quis esclarecer algumas questões que sublinhou terem ficado mal explicadas.

Em comunicado enviado ao jornal O Jogo, apontou assim à auditoria das contas do clube, durante o período da sua administração, de ter como objetivo “denegrir o caráter, o trabalho e o legado de quem dedicou longos anos ao serviço do clube“.

“Uma das mensagens que mais insistentemente se faz passar, é que a administração a que presidi apenas deixou 8 mil euros aos seus sucessores, ficando o clube estrangulado e sem soluções para o futuro. Nada mais falso como se tornou evidente”, começou por referir.

Pinto da Costa deveria ter continuado como presidente do FC Porto?

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Pinto da Costa e os números de “encaixe” no FC Porto

Investimos e valorizámos um plantel que permitiu à atual administração, apenas na primeira metade da época, um encaixe de 167 milhões de euros. Concretizámos novas parcerias, nomeadamente com a Ithaka, envolvendo a atribuição de uma verba de 65 milhões de euros”, afirmou.

“Foram ainda as receitas futuras desta nova empresa criada pela parceria com a Ithaka que serviram de garantia para o financiamento de 115 milhões de euros a longo prazo e que foi recentemente contratado”, continuou o antigo presidente que, entre futebol e modalidades, nos mais diversos escalões, deixou os azuis e brancos com mais de 1.300 títulos no palmarés.

André Villas-Boas, atual presidente do FC Porto, juntamente com a sua esposa. Foto: Christian Alminana/Getty Images for Laureus.

“Um estádio e um pavilhão integralmente pagos”

“Do passe de Otávio para o Al-Nassr, a atual administração vai agora receber mais 20 milhões de euros. Do legado faz ainda parte a qualificação do FC Porto para o novo Mundial de Clubes, consequência da competitividade internacional”, disse.

“Deixámos também um estádio e um pavilhão integralmente pagos, bem como um centro de treinos e formação e um museu de última geração”, concluiu, assim, Pinto da Costa, sobre determinados feitos que alcançou recentemente com o FC Porto.

Por fim, este comunicado vem também na sequência da auditoria forense elaborada pela atual administração de André Villas-Boas. A direção analisou as últimas dez épocas do clube e encontrou diversas irregularidades nas contas do conjunto azul e branco.