Fulham eficaz

O Fulham recebeu o Arsenal e conseguiu arrancar um empate (1×1) valioso na sua luta pela Europa. O resultado manteve a equipa de Marco Silva no 9º lugar, a apenas dois pontos do 6º – que dá acesso à Conference League. Já o Arsenal, com este percalço, corre o risco de ver fugir Chelsea e, principalmente, Liverpool, num fosso pontual cada vez mais difícil de anular.

O Fulham chegou à vantagem à passagem do minuto 11, por Raúl Jiménez. Kenny Tete fez um passe a rasgar a defensiva dos gunners e o antigo avançado do Benfica, que recebeu a bola de frente para David Raya, disparou à queima-roupa. O quinto golo do mexicano na Premier League foi o único durante toda a primeira parte.

Isto apesar do aparente domínio do Arsenal, que, embora tenha chegado ao intervalo com 65% de posse de bola, foi incapaz de transformar essa superioridade em golos. Bukayo Sako, por duas ocasiões, Declan Rice, a centímetros do poste direito, e Saliba, que ainda antes do 1×0 protagonizou um enorme falhanço, não chegaram a assustar Bernd Leno.

Gestão e empate

O Fulham foi gerindo bem. Não se voltou a aproximar da baliza, não beneficiou de qualquer pontapé de canto e converteu a única oportunidade de golo que criou. No entanto, ganhou muitas disputas no centro do terreno e controlou bem os movimentos das linhas ofensivas do Arsenal. Raúl Jiménez, do outro lado, venceu muitos duelos e foi retendo a bola no meio-campo da equipa de Arteta.

Os gunners regressaram do intervalo com vontade de mudar o resultado e conseguiram fazê-lo aos 52 minutos. Beneficiando do quinto pontapé de canto no jogo, o Arsenal empatou a contenda. Fê-lo com um golo de Saliba, que, sozinho na grande área, teve apenas de encostar. A grande arma de Mikel Arteta a dar frutos.

Raúl Jiménez fez uma exibição de muito bom nível frente ao Arsenal e marcou o golo do Fulham. Foto: Imago

Golo anulado mesmo no fim

Após o golo, o Arsenal carregou à procura do segundo, mas a equipa do Fulham mostrou enorme capacidade de sofrimento e contenção. Ao mesmo tempo, foi tentando criar perigo através de contra-ataques rápidos, mas sem grande sucesso. Mas o melhor – ou pior, dependendo do ponto de vista – ficou guardado para o fim.

Aos 89 minutos, o Arsenal concretizou a pressão e voltou a marcar. A reviravolta parecia consumada: Bukayo Saka surgiu com espaço na área e desviou de cabeça para dentro da baliza. No entanto, a festa durou pouco. O VAR assinalou fora-de-jogo a Martinelli e, nos descontos, já pouco mais a equipa de Arteta pôde fazer. Dois pontos perdidos que deixam os gunners sem qualquer margem para erro.