Francisco Neto quer vencer Itália para sarar feridas

O técnico da Seleção Nacional Feminina, Francisco Neto, realizou este domingo, véspera do jogo da 2.ª jornada do Grupo B do Euro 2025, com Itália, a habitual conferência de Imprensa de antevisão, com Diogo Jota e o irmão André Silva no pensamento.

“Não se ultrapassa uma tragédia daquelas em um dia ou em dois dias. Todos os dias continuam a sair notícias do Diogo [Jota] e do André [Silva]. Vão perdurar para sempre nas nossas memórias. Estamos com uma ferida aberta e não temos palavras. Vamos tentar olhar para isso como uma força extra e tentar honrar o Diogo Jota“, assegurou Francisco Neto.

Para isso, é necessário que Portugal consiga voltar ao melhor nível, conforme o selecionador Francisco Neto explicou: “É impossível ganhar jogos sem marcar golos. É impossível competir a sofrer tanto. Temos procurado ser uma equipa mais equilibrada. É necessário crescer na organização defensiva e ofensiva. Acho que o aspeto defensivo é o mais preocupante e espero que a melhor versão da nossa equipa volte a aparecer.”

Marco à frente da Seleção
vale pouco neste momento

Sobre o facto de Francisco Neto atingir a importante marca dos 150 jogos ao leme da Seleção Nacional Feminina, relativizou: “Trocava essa marca por outra exibição. Trocava os 150 encontros para ter o Diogo Jota e o André Silva de volta connosco. Trocava as 150 partidas por outras tantas coisas.”

Porém, o treinador não deixou de salientar: “Ainda assim, é um orgulho muito grande estar à frente desta seleção durante 11 anos. Será algo que contarei quando me reformar.”

Alterações à vista para
o duelo com as italianas

Por opção e por gestão física do grupo, Francisco Neto admitiu que a equipa inicial que vai defrontar Itália, não será a mesma que jogou com Espanha: “É normal existirem alterações. É algo que temos feito. É importante do ponto de vista estratégico, tendo em conta que existe pouco tempo de recuperação entre os dois jogos. Existe muita fadiga acumulada.”

Além dos problemas defensivos, existe também uma evidente carência ao nível ofensivo, como reconhece Francisco Neto: “A nossa preocupação é conseguir construir situações de golo. Temos criado algumas. Sentimos dificuldades nos jogos mais recentes, com Espanha e Inglaterra. É nisso que temos trabalhado recentemente.”

Por último, sobre o adversário desta segunda-feira, Francisco Neto destacou as qualidades de Itália: “Tem alternado muito a estrutura com que joga, apesar de demonstrar os mesmos princípios. A matriz acaba por estar bem definida. São agressivas e possuem jogadoras muito evoluídas do ponto de vista técnico, no entanto, têm algumas debilidades que podemos explorar.”