O selecionador nacional Roberto Martínez fez na manhã desta sexta-feira (11) a antevisão do jogo contra a Polónia, a contar para a terceira jornada do Grupo A1 da UEFA Nations League. Bruno Fernandes também falou à imprensa.

Vencer, a gestão do esforço e Lewandowski

O técnico espanhol avaliou de forma muito positiva o adversário de Portugal. “A Polónia assume riscos, gosta de jogar em ambas as áreas. É uma seleção bem estruturada e otimiza o talento individual dos seus jogadores. É uma equipa com boa mistura de talento jovem e jogadores com muitas internacionalizações. Será um grande desafio – eles vão jogar para ganhar e nós também”.

Convidado a falar sobre a adaptação dos jogadores chamados pela primeira vez, o selecionador elogiou a qualidade humana do seu grupo. “O Ricardo Velho, o Samu, o Tomás Araújo, e também o Renato Veiga e o Trincão, têm uma grande maturidade, mas é importante falar daquilo que os jogadores com experiência estão a fazer na Seleção, a abrir o balneário e a ajudar os mais novos”.

Portugal optou por viajar para Varsóvia apenas depois de um último treino na Cidade do Futebol. Questionado sobre os motivos pelos quais prescindiu da adaptação ao relvado, Martínez explicou: “Hoje em dia as condições são muito semelhantes. A minha experiência diz que é importante controlar as condições de treino em relação aos estádios onde os jogos são jogados”.

Com muitos elogios ao seu eixo defensivo, Roberto Martínez explicou que “temos de defender em largura contra a Polónia por causa das alas. Os conceitos defensivos estão bem trabalhados”, garantindo que “todos” podem ajudar.

Sobre o número de jogos acumulados pelos jogadores, o treinador não se mostrou preocupado, e mostrou confiança nos 26 convocados. “É nossa responsabilidade proteger os jogadores. Os nossos jogadores têm experiência para jogar a cada três dias, mas é importante gerir. No ano passado fiz isso. Faz parte utilizar os 26, se precisarmos”.

A propósito de Florentino Luís, que terá recusado um convite de Angola porque espera pela chamada da seleção portuguesa, o selecionador revelou que o jogador está na sua lista, “faz parte dos planos de futuro e de presente, e está a crescer muito”.

A imprensa polaca questionou Martínez sobre o ambiente esperado em Varsóvia e pediu-lhe que analisasse Lewandowski. “O ambiente é espetacular, cheio de cor. Gostamos de jogos assim e precisamos deles. O Lewandowski é um dos melhores jogadores de área, está num momento de forma superlativo e é um desafio travá-lo”, disse.

Roberto Martínez tem feito um bom trabalho na FPF?

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Respeito e bolas paradas

Também Bruno Fernandes reforçou as dificuldades esperadas pelos comandados de Roberto Martínez. “A Polónia é uma seleção com grandes nomes. O poderio físico é a maior arma que têm. São muitos fortes na bola parada, tecnicamente têm jogadores de grande qualidade, principalmente na frente. Cabe-nos pensar em anular as suas forças”.

Para romper a linha defensiva de cinco, o médio do Manchester United reforça a necessidade de Portugal “ser paciente com bola, circulando-a com intensidade para quebrar as linhas e usufruir do espaço nas costas da defesa”.

E encara a Polónia com toda a seriedade. “Respeitamos muito quem vamos encontrar como adversários, porque sabemos que só ganhando jogo a jogo podemos alcançar os nossos objetivos”.

Questionado sobre o seu momento de forma, Bruno Fernandes foi transparente. “Tenho vindo a demonstrar um bom nível na Seleção, é um espaço onde me sinto bem. No clube, quero melhorar assim lá que chegar, sou um médio que faz muitos golos, tenho de viver com essas expectativas e também tenho os meus standards“.

E comparou o ambiente entre aquele que tem na Seleção e aquele que vive em Inglaterra. “Estou no meu país, falo a minha língua, tenho melhor comida. O importante é saber diferenciar os momentos. Tento dar o meu melhor, independentemente do clube ou da seleção. O que quero levar para o jogo nunca muda”, garantiu.