“O que fizemos na segunda parte é o que levamos de positivo”
O Sporting caiu com estrondo frente ao Arsenal na noite de terça-feira (26). Após o apito final, debateram-se ‘erros de casting‘ e Gyökeres respondeu à provocação de Gabriel Magalhães. Já o o capitão Morten Hjulmand considerou o resultado “inaceitável”, mas Mikel Arteta deixou elogios ao adversário.
João Pereira destacou a exibição leonina após o intervalo. “O problema foi sofrermos o golo cedo. O Arsenal conseguiu ter muita bola e nós não fomos agressivos. O intervalo fez-nos bem, deu para alterar e ajustar. Sabe a pouco. O que fizemos na segunda parte é o que podemos levar de positivo daqui. Toda a gente está triste e dececionada com o resultado“, garantiu.
O novo timoneiro leonino, que não teve a estreia sonhada em ‘palcos grandes’, referiu-se ao resultado como um erro de casting e assumiu a sua responsabilidade nele. “Fui eu que preparei a tática, que coloquei os jogadores a jogar e sou eu quem tem de assumir esta derrota pesada. O mais importante é os adeptos estarem com a equipa”, apelou.
“Sentes o quão especiais são”
Por sua vez, Arteta revelou o ‘segredo’ para derrubar uma equipa há dezoito meses imbatível no seu reduto. “Vi muitos jogos deles e também dos sub-23, por causa do novo treinador”, revelou o espanhol. “Não podíamos dar-lhes espaço porque são muito bons a atacá-los. Mas uma coisa é uma ideia e outra é a execução e os jogadores estiveram excecionais”, disse.
O treinador do Arsenal deixou muitos elogios à prestação leonina, apesar do resultado. “Estão num estado de forma impressionante. Quando os vês ao vivo, sentes e apercebes-te do quão especiais realmente são. É realmente um adversário muito difícil e muito bom. Criaram-nos muitas dificuldades”, avaliou o técnico dos gunners.
“É inaceitável perder assim”
Morten Hjulmand deu a cara pelos leões no final da partida e assumiu a frustração pelo resultado. “O Sporting não pode perder por 5×1 contra nenhuma equipa do mundo, nem mesmo com o Arsenal. O jogo com o Santa Clara é muito importante, muito foco nesse jogo agora. Mas repito: o Sporting, com o apoio que tem aqui, não pode perder assim”, garantiu o capitão leonino.
“Não podemos fazer uma época inteira sem perder um jogo, isso é impossível. Mesmo nas melhores equipas do mundo. Mas, e volto a dizer: perder por 5×1 é inaceitável”, finalizou.
“É livre para copiar o meu festejo se não conseguir criar um”
Gabriel Magalhães celebrou o 3×0 com um festejo semelhante ao de Gyökeres. O sueco não levou a provocação para casa e, em declarações à Viaplay Fotboll, terá respondido ao jogador brasileiro.
“Não sabia que ele o tinha feito, mas é engraçado que goste do meu festejo. É livre para copiá-lo, se não conseguir criar um para ele”, atirou o avançado do Sporting, que até tem sido associado de forma recorrente ao Arsenal.
“Estávamos por cima do jogo…”
Questionado sobre aquilo que correu mal, Gonçalo Inácio analisou os diferentes momentos da partida: “Eles entraram por cima mas tentámos igualar depois do intervalo, acabando por fazer o golo na segunda parte. Estávamos por cima do jogo e eles marcam de penálti. Conseguiram ganhar outra vez confiança. Foi uma derrota pesada”, disse o defesa.
O central falou também sobre as correções feitas por João Pereira no balneário, após os primeiros 45 minutos. “O mister deu-nos indicações para melhorar onde estávamos a sofrer mais, nas bolas entre linhas. A força do grupo deu-nos motivação para continuar“.
“A diferença para há duas épocas foi não ter feito golos”
Francisco Trincão também passou pela zona mista e comparou o jogo com aquele de há duas épocas, onde o Sporting se superiorizou ao Arsenal. “[A diferença] foi não termos feito golos e sofrer mais do que sofremos. Não conseguimos pressionar da melhor forma, devíamos ter baixado um bocadinho mais as linhas. Acho que estávamos a fazer a pressão muito individualmente”.
Conformado com o resultado, o médio apontou ao futuro. “Agora já não há nada a fazer. Temos de tirar de positivo o início da 2ª parte e pensar já no próximo jogo”, disse, revelando quais os ajustes feitos pelo treinador ao intervalo.
“Pediu-nos para mudar a pressão e apelou ao crer da equipa. Não estávamos satisfeitos com o 3-0. A jogar em nossa casa, perante os nossos adeptos, queríamos fazer um resultado melhor”, concluiu o português.