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Augusto Inácio comentou o atual momento do Sporting. Após duas derrotas consecutivas, diante do Arsenal e Santa Clara, os campeões nacionais atravessam o momento mais conturbado da temporada. Para o antigo jogador, treinador e dirigente dos leões, João Pereira vai ter de proceder a algumas mudanças no onze que vai defrontar nesta quinta-feira (5) o Moreirense.
Estratégia saiu furada
“Foi uma estratégia do João Pereira que não resultou. Penso que procura que o Edwards faça algumas das coisas que o Pote fazia, mas são jogadores muito diferentes e não rendem o mesmo ali. Para mim, o Edwards é muito forte com a bola nos pés, bom a furar defesas muito fechadas, o que até poderia suceder com o Santa Clara”, começou por dizer Inácio numa entrevista que concedeu ao jornal O JOGO.
“E rende, sobretudo, do lado direito, na posição onde está o Trincão. É um jogador com capacidade de desequilíbrio no ataque. Mas a sua presença no onze acarreta riscos. Defensivamente só contribui de forma posicional, de resto defende com os olhos, não é um jogador de correr para trás para ganhar duelos e que ajude a fechar”, acrescentou.
Urge mexer no onze
“Perante a qualidade do meio-campo do Arsenal, no meu entender, fazia sentido colocar outro médio, e o Bragança seria uma boa opção, para ajudar naquela luta e dar equilíbrio”.
João Pereira deve manter a aposta em Marcus Edwards?
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8 PESSOAS JÁ VOTARAM
“O que vimos nesse jogo foi que a falta de apoio defensivo do Edwards obrigou constantemente o Morita a deslocar-se para a esquerda no auxílio ao Maxi e o Gonçalo Inácio andou também muitas vezes em dificuldade, deixando também o Diomande sem apoio frente ao Havertz”, recordou, ele que foi campeão ao serviço do Sporting enquanto jogador em 1980 e 1982 e quebrou o jejum de títulos que durava há 18 anos em 2000.
Tempo e paciência
Em relação à troca de treinador, Inácio refere que é preciso ter paciência com João Pereira e que não é fácil substituir Ruben Amorim.
“Fosse qual fosse o novo treinador teria sempre dificuldades, porque fazer melhor que Amorim era impossível e o desafio era dar continuidade aos resultados positivos. A realidade também mudou com as lesões, primeiro do Nuno Santos e depois do Pedro Gonçalves, ambos opções no flanco esquerdo”, constatou.
Resposta em Moreira de Cónegos
O antigo jogador e técnico não se esquece da pesada goleada sofrida diante do Arsenal.
“Não se pode condená-lo já por estes resultados. Tal como o Rúben não iria ganhar todos os jogos, o João não vai perder todos. Mas, claro, é fundamental ganhar ao Moreirense, é um jogo importante, até porque no final do mês haverá um dérbi com o Benfica”, disse.