À chegada ao Uruguai para se juntar aos trabalhos da sua seleção, Maxi Araújo fez um balanço positivo dos primeiros meses ao serviço do Sporting, mas revelou um… desejo inesperado. Franco Israel também falou aos jornalistas.

“Custou-me a princípio”

O ala, que foi contratado pelo clube leonino a finais de agosto, falou sobre a sua adaptação, explicando que tardou algum tempo a integrar-se totalmente nas dinâmicas da equipa.

 “Estou com muita vontade, muito feliz por ter muitos minutos. Custou-me a princípio, a equipa já estava cimentada, mas agora estou a adaptar-me muito bem. Isso é importante”, disse o jogador de 24 anos.

“Com este tipo de coisas acabas por admirar mais o Fede Valverde, o Rodri Bentancur, o Manu Ugarte e a todos os que estão na Europa, pois é difícil conseguir ter continuidade”, acrescentou Maxi Araújo.

O guardião Franco Israel, compatriota do reforço leonino, elogiou a prestação do também companheiro de equipa. “Conheço-o bem, já desde os sub-20 [do Uruguai]. Chegou há muito pouco tempo e já é titular indiscutível da equipa. Faltava-lhe adaptar-se e soltar-se. Acho que já o conseguiu”, comentou.

Haaland e Guardiola

A épica vitória do Sporting frente ao Manchester City continua nas bocas do mundo e no Uruguai os jornalistas aproveitaram para questionar ambos os jogadores sobre o vivido no relvado de Alvalade.

“Foi uma vitória muito importante para somarmos pontos na Champions. Até pelo novo formato, é importante vencer em casa. Festejámos, mas depois tivemos outro jogo da Liga Portugal. A época é longa e estamos em várias competições”, avaliou Franco Israel, que lembrou um encontro antigo com… Haaland.

“Queremos sempre jogar contra os melhores do Mundo e o Haaland é um deles. Há essa curiosidade de o ter defrontado no Mundial sub-20. Na altura não me conseguiu bater (risos). Felizmente, neste jogo também não”, atirou o guarda-redes, antídoto para o veneno do norueguês, em declarações aos meios de comunicação locais.

Quem esteve em grande destaque frente à equipa de Guardiola foi precisamente Maxi Araújo, que apontou o golo com que o Sporting iniciou a remontada. No final do jogo, o jogador leonino teve a oportunidade de privar com o técnico espanhol.

“Pedi-lhe uma foto, ficámos a falar uns minutinhos e felicitou-me. Fiquei muito feliz por isso. Falámos do jogo, nada de mais. Foi muito bom”, contou o uruguaio, que, quando questionado sobre se gostaria que Guardiola o levasse consigo para Manchester, soltou um pouco desenvolvido, mas forte… “oxalá!“.

Titularidade?

Franco Israel começou a temporada no banco de suplentes, mas aproveitou uma lesão de Kovacevic para ‘roubar’ o lugar ao guarda-redes bósnio. Assumindo que “os minutos e a continuidade são fundamentais“, falou sobre o bom momento da equipa, que o protege dos erros que possa cometer.

“Estamos num bom momento. Ganhámos todos os jogos na Liga Portugal e continuamos na Taça [de Portugal] e na Taça da Liga. Na Champions também estamos invictos, o que ajuda um pouco a nível pessoal. Quando ganhas é mais fácil corrigir erros“, explicou, com humildade, garantindo não estar obcecado com conquistar, também, a titularidade na seleção.

“É sempre um orgulho enorme estar aqui. Gosto muito de estar no Uruguai com a família e os amigos, ajuda-me psicologicamente. Estou bem, mas agora está a jogar o Chino (Rochet), a um bom nível. Eu ainda sou jovem. Há uma concorrência sã entre todos”, garantiu o guarda-redes de 24 anos.