Pote abre-se sobre carreira e Sporting

O Sporting iniciará a preparação para a temporada 2025/26 com a ambição de conquistar o tricampeonato português. Durante o mercado de transferências, o objetivo dos leões é manter o maior número possível de jogadores-chave do atual plantel, enquanto reforçando pontualmente a equipa.

Pedro Gonçalves é uma das figuras do Sporting. Apesar de uma lesão prolongada, o médio conseguiu ainda dar um contributo decisivo para a dobradinha de campeonato e Taça. Recentemente, Pote esteve no programa Alta Definição, da SIC, onde abordou episódios marcantes da sua vida pessoal e profissional.

“Temi não chegar a um clube como o Sporting”

Ao recordar os primeiros passos no futebol, Pedro Gonçalves revelou que, em tempos, duvidou de que pudesse chegar à elite: “Houve um momento em que temi não chegar a um clube como o Sporting. Ia fazer uma boa carreira em equipas de Primeira Liga, mas nunca pensei ser campeão ou chegar à Seleção Nacional. Tive as pessoas certas do meu lado e tomei as melhores decisões.”

Numa fase precoce da sua formação, recusou uma proposta do FC Porto por influência da mãe. Ele explicou então: “Quando tive o convite para ir treinar ao FC Porto, ela disse que não, pois era muito novo. Mas prometeu que caso surgisse outra oportunidade não me ia cortar as pernas. Depois surgiu o Braga e deixou-me ir, apesar de eu ainda só ter 12 anos.”

Pedro Gonçalves em ação pelo Sporting. Foto: Getty Images

Assim, sobre um eventual plano alternativo à carreira de futebolista, Pote foi direto: “Seria algo ligado ao desporto, mas não me imagino sem o futebol. O futebol ensinou-me a ganhar, a ajudar, a ter fair-play… Se calhar sou um pica-miolos mas nunca perdi o fair-play, pois se alguém estiver no chão ou a sentir-se mal sou o primeiro a ajudar.”

“Na minha cabeça sou o miúdo resmungão”

Já dentro do balneário do Sporting, Pote tornou-se uma referência entre os colegas, ainda que mantenha o seu lado descontraído: “Na minha cabeça sou o miúdo resmungão, que gosta de mandar as suas piadas. Agora estive 5 meses lesionado e após o primeiro treino houve um silêncio… eles deixaram das brincadeiras. Eles veem-me como líder e gostei de ouvir isso. Quando estou mais nervoso digo o que penso, mas quando estou mais descontraído e oiço coisas que não concordo, nem ligo. A jogar gosto que me piquem.”

O médio admite então que tem uma excelente relação com Rui Borges, treinador que assumiu o comando técnico dos leões a meio da temporada: “Sinto que tenho uma boa ligação com o míster, mas são seis meses. Com o Rúben [Amorim] tinha umas brincadeiras, somos parecidos. Ele deu-me o conselho de aproveitar todos os momentos para fazer o que quero.”

Por fim, refletiu sobre o duro período de recuperação após a lesão que o afastou da competição: “Foi complicado, só pensamos em voltar para o campo, mas o fisioterapeuta obrigava-me sempre a fazer mais um exercício. Mudei os meus hábitos na alimentação. Foi um período que demorou muito tempo a passar. Passei muito tempo a jogar PlayStation para esquecer o que estava a fazer.”