Rui Borges foi campeão com o Sporting

O treinador do Sporting, Rui Borges, concedeu uma entrevista ao programa Alta Definição, da SIC, em que recordou o campeonato conquistado esta época pelos leões, dizendo que sabe que vai ser criticado quando não ganhar.

“O maior troféu que posso ter é o orgulho dos meus. Os meus pais se calhar nunca sonhariam que fosse chegar ao Sporting tão rápido. O futebol é muito do momento, sei que as pessoas gostam de mim, mas amanhã se não ganhar não sou assim tão bom. O futebol é de lembranças, bem ou mal já deixei lembranças em muita gente. A gostar mais ou menos, vão lembrar-se sempre de que o Rui Borges foi bicampeão. Vou estar na memória de muita gente, mas principalmente dos meus”, começou por dizer.

Questionado sobre a sua relação com os jogadores, Borges admitiu que fala de forma direta com eles em muitos momentos, embora não queira chamar a atenção aos jogadores de forma demasiado “bruta”.

Treinador venceu também a Taça de Portugal

“Em muitos momentos sim. Falo as coisas de forma natural, às vezes até a brincar. Por exemplo, digo: ‘ontem a correr para trás está quieto’. E ele ri-se, mas levou a mensagem de que deveria ter defendido mais. O jogador é ser humano, ninguém gosta de ser chamado a atenção de forma bruta. Sou de passar a mensagem de forma leve”, informou.

De resto, o técnico foi questionado sobre a melhor forma de motivar uma equipa depois de perder um jogo, dizendo que os dias seguintes ao desaire são complicados, mas depois há que seguir em frente.

Rui Borges, treinador do Sporting. Foto: Stuart Franklin/Getty Images

Técnico chegou no final de dezembro

“Primeiro, segundo dia ainda custa. Ainda vou mais trancado. E a equipa em alguns momentos também. Depois é acreditar e levar o dia a dia de forma feliz, desfrutar do que fazemos. Não tenho por hábito ir ao balneário depois dos jogos, é um momento de muita frustração e alegria. Nessa frustração às vezes pode dizer-se coisas que não são as melhores. Enquanto líder, nunca fui ao balneário”, referiu.

O Sporting sagrou-se campeão nacional pela segunda vez consecutiva, numa época que começou com Ruben Amorim e terminou com Rui Borges, conquistando também a Taça de Portugal.