O que é que terá feito a diferença, segundo o técnico?

O Benfica de Bruno Lage goleou o Tirsense de Emanuel Simões por 0-5 na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, no Estádio Cidade de Barcelos. A vitória deixa os encarnados com praticamente um pé e meio a caminho da final no Jamor.

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Após o encontro, o treinador de 45 anos evidenciou as diferenças da sua equipa para os encarnados. Ademais, o técnico luso ainda comparou o resultado com o do clássico do passado domingo (06), que ficou 1-4 para o clube da Luz.

Análise: “O primeiro lance de perigo é nosso. Houve atrapalhação, mas podia ter sido feito melhor. O desfecho se calhar seria o mesmo, mas tornávamos o jogo mais vivo. Embora pareça estranho, acho que tivemos melhores na segunda parte e o que fez a diferença foi a dimensão física. Estão a tocar-se os extremos do futebol. Não estava a gostar do rendimento na primeira parte, no entanto, a segunda foi melhor e dignificámos a nossa imagem“, começou por referir.

“A eliminatória está fechada”, afirma Emanuel Simões, treinador do Tirsense

Uma melhor resposta na segunda parte: “Esta equipa por vezes sente-se mais confortável no risco. Contudo, a dimensão física fez mesmo toda a diferença e até substitui três jogadores já esgotados. Estamos a falar de uma equipa super profissional, líder do campeonato português, contra uma equipa que até à semana passada estava a lutar para não descer aos distritais. Esperávamos mais mudanças e isso mostra o respeito do Benfica” acrescentou o luso.

A segunda mão no Estádio da Luz: “O Benfica há dias ganhou 1-4 contra uma das maiores equipas de Portugal. Se formos por aí, 5-0 não foi assim tão mau. Para nós foi, porque não queríamos sofrer tanto. A eliminatória está fechada, portanto, há que potenciar a nossa imagem. É o que temos que fazer”, disse.

Opinião sobre o futebol luso

Jogar numa “casa emprestada”: “Temos de ser sinceros. Não havia condições nenhumas para jogar lá [em Santo Tirso]. Segurança, relvado…aliás, nem para o nosso campeonato acho que devia ser permitido. Há muitas regras na Liga 3, os relvados têm de ser naturais, ter uma certa qualidade, mas no Campeonato de Portugal não”, salientou o treinador do Tirsense, Emanuel Simões.

“Se eu digo que a grande diferença entre o Benfica e o Tirsense foi a parte física – claro que a parte técnica e tática está lá – acho que no nosso campo ia fazer mais. É um campo curto, sem condições, mais jogo aéreo, duelos físicos e acho que ia fazer mais diferença. Um jogo mais direto e mais contacto físico”, destacou ainda o treinador acerca da realização do jogo noutro campo.

Por fim, deixou uma opinião relacionada com esse aspeto: “Não acho que foi por isso que o resultado aconteceu. Mas eu concordo que a Taça de Portugal devia ser obrigatoriamente na casa de cada clube. Tem é de haver condições para tal. Se calhar o futebol português tem de repensar…em vez de ter quatro divisões, ter três, por exemplo, com mais séries na Liga 3 e começar a exigir o que é exigido nessa liga. Não podemos querer o melhor dos dois mundos“, concluiu.