Premiado
Leandro Barreiro recebeu nesta terça-feira (8) o prémio de Desportista do Ano 2023, atribuído pelos órgãos de comunicação do Luxemburgo. O médio do Benfica agradeceu a distinção e falou sobre os primeiros tempos de águia ao peito.
“É um sinal positivo. É um prémio para todos os atletas e não apenas para os futebolistas. É um prémio pelo trabalho que fiz nas minhas equipas. Não estaria aqui sem os meus colegas de equipa, por isso é uma espécie de prémio coletivo. Isso deixa-me feliz”, destacou o internacional luxemburguês, em declarações reproduzidas pelo Tageblatt.
“Significa muito. Se pensarmos bem, é raro os futebolistas receberem este prémio, porque há muitos desportistas luxemburgueses com bom desempenho. Fico feliz por ver que as minhas conquistas foram tão bem-recebidas e que as pessoas acham que mereço este prémio”, acrescentou.
Na presença da família, Barreiro recordou o papel que os pais tiveram na carreira.
“Sem os meus pais, nada do que consegui teria sido possível. Poderia falar durante duas horas sobre os sacrifícios que fizeram por mim. Apoiaram-me sempre para que eu me pudesse concentrar-me no futebol. Os meus pais educaram-me bem, ensinaram-me o que é preciso para alcançar algo”.
“Estou muito grato pelo seu amor e apoio, que sempre pude sentir ao longo do meu percurso. Os meus pais estão muito orgulhosos do que eu consegui no futebol. Mas ficam ainda mais orgulhosos quando as pessoas falam bem de mim como pessoa. Para eles, o carácter e a personalidade são as coisas mais importantes”, salientou.
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Nova realidade
Resgatado ao Mainz a custo zero, o médio falou sobre os primeiros tempos no Benfica. “Na verdade, estou a lidar muito bem com esta situação. Também tenho familiares em Portugal e os meus pais visitam-se com muita frequência em Lisboa. Até agora, temos conseguido gerir isso muito bem. Sempre foi meu objetivo jogar internacionalmente e viajar faz parte disso. Isso não me incomoda. Estou muito feliz por ter chegado a este nível. Gosto de jogar de três em três dias. Como jogamos mais vezes e treinamos menos, o ritmo é completamente diferente”, observou.
O jogador confidenciou que em abril esteve na capital portuguesa e que o facto de ter familiares a residirem em Lisboa tem sido fundamental.
“Por causa dos meus familiares, estive várias vezes na cidade nos últimos anos, por isso Lisboa não me era estranha. Do ponto de vista climático, a mudança é positiva. Também não demorei muito tempo a sentir-me confortável em Lisboa. Falo a língua e, como o mundo do futebol é pequeno, encontramos sempre algum denominador comum com os nossos novos colegas de equipa. Não tive qualquer problema de adaptação”, garantiu.
A grandeza dos encarnados
“Em Mainz, tudo era muito calmo e tranquilo. As pessoas ficavam contentes por ver um jogador, queriam tirar uma fotografia, mas havia sempre uma certa distância. Em Lisboa, tudo é diferente, pois os adeptos vivem ainda mais o clube. Até agora, no entanto, não tive qualquer problema em sair à rua. Posso ir à praia ou a um restaurante sem qualquer problema. E quando as pessoas me reconhecem, os encontros são muito positivos. Ficam contentes por eu estar aqui e felicitam-me”, disse.
Apesar das mudanças, Barreiro garante que continua a ser a mesma pessoa.
“As pessoas de fora podem ver-me de forma diferente por estar agora a jogar no Benfica. Mas eu não reparo em nada disso, porque não tenho muito tempo para fazer mais nada além do futebol no Luxemburgo. Mas quando tiro fotografias com os adeptos e falo com eles, noto que gostam de mim. Mas isso também acontecia nos tempos do Mainz”, rematou.
Até ao momento, o jogador de 24 anos realizou oito jogos com as cores do Benfica, foi titular em quatro e suplente utilizado em outros tantos.