Benfica voa na Champions League após vitória por 2×0
Num duelo onde se dava a curiosidade de os dois emblemas terem águias como símbolos principais, viu-se dois tipos de predador. De um lado um Benfica que se comportou com o favoritismo que lhe era atribuído, de garras e bico afiados, a fazer jus ao seu longo historial e prestígio na Europa. Do outro lado, a jogar em casa, um Nice ao nível da sua limitada tradição europeia.
Os franceses, a começar na figura do presidente do Nice, começou logo por falar em duelo de águias, após tomar conhecimento de sorteio, exibindo entusiasmo e otimismo para o duelo com o Benfica. Só que, na verdade, águia era só uma, o outro predador dos céus era de espécie menor, talvez da família dos milhafres.
Quem sairá vencedor deste jogo?
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Os adeptos do Nice criaram um grande ambiente no seu estádio, desenrolaram uma tarja provocadora, desrespeitosa e insultuosa onde se lia “No reino de meet [águia do Nice], águia Vitória é uma p__a.” De nada adiantou ou fez diferença, já que o Benfica apresentou-se muito personalizado e com missão bem estudada para sair do reino de meet com uns ovos na bagagem.
Ivanovic surpreendeu a titular
mas foi aposta ganha de Lage
Se a primeira parte foi morna e sem grandes motivos de interesse, embora só o Benfica tenha ficado realmente perto de marcar, por duas vezes, após violento livre de Richard Ríos (19′) e da tentativa de Pavlidis (39′), na segunda parte como que o Benfica perdeu o respeito pelo Nice e disparou para a vitória.

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O primeiro golo surgiu pelo reforço Franjo Ivanovic, a coroar as boas indicações dadas na primeira parte, ao minuto 53, pouco depois do intervalo, com uma bela movimentação (à matador) e uma execução de grande dificuldade e ainda maior classe, a corresponder na perfeição ao cruzamento de Fredrik Aursnes, da direita, após combinação com Dedic.
Fúria de Florentino arrumou com esperanças dos ‘aiglons’
Aiglon, alcunha do Nice, que em português significa águiazinha, águia pequena ou cria de águia, assentou que nem uma luva a esta equipa francesa que apesar de tentar por-se em bicos de pés nunca chegou a, sequer, pôr à prova a classe de Trubin, limitando-se a um ou outro remate que saiu um pouco mais próximo dos ferros.

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O Benfica, após o 1-0, viu os aiglons desorientados, e, qual águia madura, foi em cima do Nice, tendo ficado perto do 2-0, novamente por Franjo Ivanovic, aos 63′, valendo a elasticidade de Diouf. A partir daí, o Benfica foi deixando de arriscar em saídas rápidas e optou por resguardar-se, não deixando o Nice sequer, dar um ar da sua graça.
Ainda assim, sempre que acelerava, o Benfica deixava a defensiva local a tremer e ao minuto 88 desmoronou-se por completo com o furioso míssil desferido por Florentino (saído do banco), de longe, como que a querer dizer ‘presente’ a Bruno Lage, face à forte concorrência composta por Barrenechea e Ríos. Certo é que o Benfica disputará a 2.ª mão desta 3.ª pré-eliminatória, que antecede a fase dos play-off, com o conforto da vitória por 2-0.