6 meses de equipa B
Vítor Campelos foi o primeiro treinador de Raphinha em Portugal. Então no comando da equipa B do Vitória SC, o técnico rapidamente percebeu que tinha um diamante entre mãos. Agora, em entrevista ao Mundo Deportivo, mostra-se orgulhoso do percurso do antigo pupilo.
“Tinha muita vontade de melhorar e, sobretudo, de treinar. Dava sempre tudo, tinha os níveis de concentração no máximo“, recordou Campelos ao jornal espanhol. “Disseram-nos que era um jogador que chegaria à equipa principal. Recebemo-lo em janeiro e esteve connosco apenas seis meses, chamou logo a atenção”, contou ainda.
“Entre a equipa técnica, dizíamos sempre que tinha muita qualidade, mas sobretudo uma vontade enorme de cumprir o objetivo que era proposto”, acrescentou. “É um jogador fora do comum, não me surpreende ver onde chegou“, elogiou o técnico, que deixou o AVS SAD em novembro último.
Ascensão meteórica
A progressão de Raphinha foi meteórica. Na primeira temporada na equipa A do Vitória SC mostrou toda a sua qualidade: jogou 41 partidas, apontando 4 golos e dando 7 a marcar. Contudo, a sua segunda época ao serviço dos Conquistadores foi uma das melhores da carreira: marcou 18 golos e fez 5 assistências em 43 jogos. Era inevitável o salto para emblemas de outras ambições.
No Sporting esteve temporada e meia. Fez 41 jogos e marcou 9 golos, antes de viajar até França. No Rennes, que terminou em 3º lugar da Ligue 1, fez 30 jogos, 7 golos e 4 assistências. Ainda começou a época seguinte, mas acabou por fazer novamente as malas. Destino: Leeds United. E numa equipa que lutava para não descer, marcou, na sua última época de Premier League, 11 golos em 36 partidas.
Raphinha, aqui frente ao Paços de Ferreira, representou o Vitória SC. Foto: Imago
O “clube da vida” de Raphinha
Raphinha chegou ao Barcelona em 2021/2022 por um valor a rondar os 58 milhões de euros. O extremo brasileiro foi encarado pelos adeptos com alguma desconfiança inicial, mas os blaugranarapidamente se renderam ao seu talento. “Está à vista de todos. Nunca tive um jogador assim”, disse recentemente Hansi Flick, após o jogador apontar um hattrick frente ao Bayern de Munique.
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Vítor Campelos concorda – é um jogador único. “Destaca-se na posse de bola, na tomada de decisões e na maneira como conduz o jogo. Agora está mais maduro e sente o Barcelona como o clube da sua vida. Nota-se quando joga e está a defender. Ainda tem muito futebol para mostrar“, garantiu um dos responsáveis pelo potenciar das qualidades de Raphinha.
Na terceira temporada ao serviço do clube culé, o internacional canarinho leva 16 golos em 21 partidas e já fez 8 assistências. Números que, ainda no início de dezembro, antecipam que esta poderá vir mesmo a ser a melhor época de sempre de Raphinha ao mais alto nível.