Benfica empata com penálti polémico contra
O Benfica recebeu o Arouca neste domingo (13), às 18h00, em jogo da 30.ª jornada da Liga Portugal. A partida, disputada no Estádio da Luz, terminou com um empate a duas bolas que retira a liderança do campeonato às águias, mas mantém-nas em igualdade pontual com o Sporting.
Durante a partida, quando o Benfica ainda estava em vantagem, o árbitro principal António Nobre assinalou uma grande penalidade a favor do Arouca. Mesmo chamado pelo vídeo-árbitro, ele acabou por anunciar ao público presente no Estádio da Luz: “O defesa número 30 [Otamendi] rasteira o atacante com a cabeça. Decisão final: manter o penálti!”

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Guven Yalçin converteu o castigo máximo e restabeleceu assim a igualdade no marcador. Apesar de se terem registado mais dois golos, o empate seria o resultado final. Assim, o lance polémico foi um momento-chave do jogo.
Benfica reage em comunicado
A resposta do Benfica não tardou. Logo após o apito final, o clube emitiu um comunicado oficial onde “expressa profunda preocupação em face dos episódios graves vividos nesta jornada em termos de arbitragem”. De seguida, o texto estabelece um contraste: “Nos Açores, um penálti claro contra o Sporting foi ignorado. Na Luz, um penálti inexistente foi marcado contra o Benfica.”
Perante este cenário, o clube encarnado apelou à “competência e rigor nas jornadas que restam até ao final do Campeonato. A verdade desportiva da competição não pode ser desvirtuada por más decisões de arbitragem, sobretudo quando existe VAR cuja missão é evitar e corrigir erros grosseiros.”
Bruno Lage acredita em VAR “fundamental”
Também Bruno Lage abordou a polémica na conferência de imprensa após o jogo: “O que tenho para dizer sobre as arbitragens é ir buscar aquilo que dizia desde 2019, a primeira vez que me sentei aqui. Acho que o VAR é fundamental para ajudar os árbitros. Mas não podemos ter critérios diferentes. Uma vez chamamos o árbitro, outra não. Quando chamamos é porque há dúvida.”
O treinador de 48 anos prosseguiu, reforçando a necessidade de coerência: “O que não quero, enquanto treinador e homem do futebol, é que no dia seguinte apareçam nos jornais as opiniões dos especialistas e, afinal, 80 ou 90% das análises serem contra a decisão do árbitro. Porque senão estamos a voltar ao tempo em que não havia VAR.”

Bruno Lage, treinador do Benfica. Foto: Getty Images
Por fim, apelou à uniformização dos critérios de arbitragem: “Se o VAR veio para ajudar, é definir um critério de comunicação para olharmos para as análises. O VAR existe para ajudar o árbitro e as imagens do VAR são com certeza semelhantes às que os analistas e os adeptos veem. O que precisamos é de critérios e decisões uniformes para toda a gente”, concluiu Lage.