Thiago Almada já estava dado como perdido pelo Benfica
Após os rumores, depois da confirmação não oficial, eis o anúncio do Atlético Madrid da contratação do médio Thiago Almada, argentino de 24 anos que era a prioridade do Benfica para substituir Orkun Kokçu no meio-campo encarnado.
O Atlético Madrid oficializou esta quinta-feira a contratação de Thiago Almada ao Botafogo, com o médio argentino de 24 anos a assinar um contrato de cinco anos com os colchoneros, que pagam um montante na ordem dos 40 milhões de euros ao consórcio liderado pelo norte-americano John Textor.

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A superior capacidade financeira do Atlético Madrid fez toda a diferença, tanto no valor a desembolsar pela transferência de Thiago Almada, bem como no ordenado oferecido ao argentino, além de a La Liga ser um campeonato mais apetecível que a Liga Portuguesa, é relatado como fator que fez a diferença a intervenção direta de Diego Simeone para convencer o médio.
Botafogo ou Lyon, questão que gera confusão nos adeptos
Mas afinal, Thiago Almada sai do Lyon ou do Botafogo para o Atlético Madrid, é uma questão que, muitas vezes, se escuta entre os adeptos do Benfica, depois de o jogador ter escolhido o clube espanhol. Uma questão que tem razão de ser e não é nada despropositada.
A confusão gerada é, de resto, uma tática típica em fundos de investimento para movimentar dinheiro e jogadores. A Eagle Football Holdings, consórcio liderado pelo milionário norte-americano John Textor detinha parte do Crystal Palace (que vendeu), Botafogo, Lyon e os belgas do RWD Brussels, ex-RWD Molenbeek, uma situação que foi legalizada pela UEFA e pela FIFA, que facilita o livre trânsito de jogadores neste tipo de situações.
De lá para cá e de cá para lá conforme dá mais jeito
Thiago Almada atuou, efetivamente, pelos franceses do Lyon na época passada, por empréstimo do Botafogo, clube que o comprou, por 27 milhões de euros ao Atlanta United, da Major League Soccer norte-americana, na época passada. No entanto, Thiago Almada nem jogou pelo Botafogo e seguiu diretamente para o Lyon, por empréstimo do clube brasileiro.
Ora, este tipo de cenário algo surreal (ou muito, dependendo da interpretação de cada um) somente é possível desde que os fundos de investimento entraram em cena no futebol, com consequências danosas para os clubes. Sob a liderança de John Textor, o Lyon só não desceu de divisão porque foi salvo, à última hora, pela empresária norte-americana, nascida na Coreia do Sul, Michele Kang.

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Como se não bastasse, John Textor também deixou a sua herança negativa nos ingleses do Crystal Palace, que não poderá disputar a Liga Europa, conforme o apuramento em campo, na temporada 2025/26, levando a protestos dos adeptos do clube londrino. O Crystal Palace pertencia, em parte, a John Textor. O oligarca vendeu a sua parte do clube inglês para tentar salvar o Lyon, mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra, já que o Crystal Palace foi punido pela UEFA devido ao incumprimento de regras de propriedade multiclubes e despromovido à Liga Conferência.