A história do Benfica no Mundial de Clubes: Águias de Eusébio enfrentaram Santos de Pelé e o Peñarol

A formação encarnada já disputou por duas vezes o título de campeão do mundo, perdendo sempre, e regressa à luta 63 anos depois

Eusébio e Pelé defrontaram-se na Taça Intercontinental de 1962, entre Benfica e Santos, e as águias estarão agora presentes no Mundial de Clubes. Foto: site oficial do SL Benfica
Eusébio e Pelé defrontaram-se na Taça Intercontinental de 1962, entre Benfica e Santos, e as águias estarão agora presentes no Mundial de Clubes. Foto: site oficial do SL Benfica

A história do Benfica no Mundial de Clubes

O Benfica vai participar no primeiro Mundial de Clubes. A competição, agora num novo formato com 32 emblemas divididos em grupos, já teve vários nomes e figurinos, desde as suas primeiras edições e do reconhecimento oficial por parte da FIFA. A primeira chamava-se Taça Intercontinental e teve a participação do Benfica.

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Nesta competição, os encarnados participaram em dois anos consecutivos, em 1961 e 1962, na sequência das conquistas da Taça dos Clubes Campeões Europeus. O desfecho foi tudo menos positivo para o emblema português, que perdeu ambos os títulos para duas das melhores equipas de então, o Peñarol, do Uruguai, e o Santos, do Brasil.

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Nesta altura, os jogos eram disputados entre os campeões da Europa e da América do Sul. A primeira participação do Benfica aconteceu pouco depois de os lisboetas terem conquistado a orelhuda, sendo a primeira equipa, depois do Real Madrid, a vencer a prova. Um feito que, contudo, não teve sequência no palco mundial.

Decisão com Peñarol teve de ir a terceiro jogo

O Peñarol havia perdido a edição de 1960 com o Real Madrid e surgiu em 1961 novamente como campeão continental da América do Sul. Desta feita os uruguaios conseguiram o troféu, à conta do Benfica. O primeiro jogo, no Estádio da Luz, sorriu aos encarnados, a 4 de setembro, com golo solitário de Mário Coluna.

O segundo jogo, em Montevideo, a 17 de Setembro, foi uma catástrofe para as águias, que foram derrotadas por categóricos 5-0, sendo que ao intervalo já tinham encaixado quatro golos. Na altura não havia ainda prolongamentos e, muito menos, desempates por grandes penalidades, pelo que tudo foi decidido numa finalíssima, também em Montevideo, três dias depois.

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Aqui, o Benfica reequilibrou a contenda, Eusébio marcou um dos golos, mas os uruguaios voltaram a ser mais fortes e venceram por 2-1, com um bis de José Sasía. Chegava ao fim a primeira tentativa dos benfiquistas para se sagrarem campeões mundiais. Porém, viria uma nova oportunidade.

O Peñarol ganhou ao Benfica na Taça Intercontinental de 1961. Foto: site oficial da CONMEBOL

O Peñarol ganhou ao Benfica na Taça Intercontinental de 1961. Foto: site oficial da CONMEBOL

Pelé não deu hipóteses

Novamente campeão europeu, agora após bater o Real Madrid na final da Taça dos Campeões, o Benfica chegou à Taça Intercontinental de 1962 com a aura de uma das melhores formações do mundo e com o jogador, Eusébio, capaz de rivalizar com Pelé pelo cetro de rei. Contudo, o brasileiro tinha outras ideias e ditou a sua lei.

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A primeira partida, no Rio de Janeiro, caiu para o lado do Santos, mas pela margem mínima, apenas 3-2, com Pelé, para os brasileiros, e Santana, para os portugueses a bisarem. O pior veio depois, em Lisboa, com um resultado que talvez poucos esperassem.

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Eusébio ainda marcou para o Benfica, mas Pelé fez um hat-trick, numa exibição portentosa, e o Santos venceu sem apelo nem agravo por 5-2. O grande embate entre, talvez, as duas maiores figuras do futebol mundial de então acabava claramente por cair para o lado do brasileiro.

Desde então, o Benfica nunca mais disputou o troféu de campeão do mundo, muito por culpa de mais cinco finais da Taça dos Campeões Europeus que disputou, perdendo-as todas. A “maldição” de Béla Guttmann, como é conhecida no futebol mundial, atacou sempre as águias. Contudo, com o novo formato, a formação da Luz tem, mais uma vez, a possibilidade de sonhar, 63 anos depois.

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