Um Manchester City x Al-Hilal para a história!
O Manchester City foi surpreendido pelo Al-Hilal, equipa da Arábia Saudita, e está fora do Mundial de Clubes 2025 após uma derrota por 3-4, num jogo eletrizante. O encontro dos oitavos de final, disputado no Camping World Stadium em Orlando, ficará marcado como um dos mais emocionantes da história da competição, com golos, reviravoltas e exibições inspiradas, como do guarda-redes Yassine Bounou ou do avançado Marcos Leonardo.
A equipa inglesa entrou melhor, com o português Bernardo Silva a marcar logo aos 9 minutos, após confusão na grande área e com Ilkay Gundogan a tocar de forma involuntária para o internacional luso. O lance teve revisão do VAR por possível toque no braço do alemão, mas foi validado. O City parecia confortável e apenas as várias defesas do guardião dos sauditas anularam o avolumar do marcador. Contudo, após o intervalo, rapidamente a vantagem evaporou-se.
O Al-Hilal pode vencer este Mundial de Clubes?
O Al-Hilal pode vencer este Mundial de Clubes?
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O empate surgiu aos 46 minutos, numa jogada com participação de dois ex-Benfica. O brasileiro Marcos Leonardo cabeceou após cruzamento de João Cancelo e confusão na área, com a bola a sobrar para o goleador. Pouco depois, Malcom aproveitou nova falha defensiva para colocar o Al-Hilal na frente, após um grande passe do lateral português. Mas a reação citizen não tardou e, aos 55 minutos, Erling Haaland restabeleceu a igualdade com um remate oportunista.
Marcos Leonardo decidiu e Yassine Bounou segurou
Até final, o resultado não saiu do 2-2 e a decisão foi para prolongamento. Aí, Kalidou Koulibaly voltou a dar vantagem aos sauditas com um cabeceamento certeiro após um canto batido por Rúben Neves, ex-FC Porto, os 94 minutos. Contudo, Phil Foden respondeu com classe aos 104 minutos, ao marcar o seu 100.º golo com a camisola do City, numa finalização de primeira após um excelente cruzamento do reforço Rayan Cherki.
Por fim, o momento decisivo da partida: estava o relógio quase a bater nos 112 minutos quando o guarda-redes Ederson largou uma bola para a frente após remate de Sergej Milinkovic-Savic, permitindo a Marcos Leonardo marcar de carrinho (e com cãibras à mistura) e bisar no confronto, selando, portanto, o 4-3 final. O jovem avançado somou assim dois golos e foi o maior “herói” de uma vitória histórica para o clube saudita.
As emoções do futebol numa imagem: a alegria de uns e a tristeza de outros. Foto: Megan Briggs/Getty Images.
Quais os maiores marcos históricos deste jogo?
Apesar da pressão intensa do Manchester City nos minutos finais, o guarda-redes Bounou voltou a brilhar com intervenções cruciais, segurando, pois, a vantagem. A eliminação representa um duro golpe para a formação de Pep Guardiola, que já tinha terminado a época passada sem conquistar qualquer troféu. Por outro lado, Simone Inzaghi, depois de uma época de “quases” no Inter Milan, tem aqui mais um feito histórico para colocar na sua carreira.
Em termos lusos, os internacionais João Cancelo e Rúben Neves venceram os igualmente internacionais Bernardo Silva, Rúben Dias e Matheus Nunes (ex-Sporting) e ajudaram a fazer história pela negativa para o Manchester City de Guardiola. De facto, desde a primeira edição oficial do Mundial de Clubes da FIFA (em 2000, no Brasil) que um campeão europeu não era eliminado tão cedo numa fase tão inicial da competição.
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Por outro lado, o Al-Hilal continua a fazer história pela positiva. O clube saudita é o primeiro de fora da América do Sul a superar uma equipa europeia na história das competições oficiais. Assim, estão nos quartos de final e enfrentarão a equipa brasileira do Fluminense. Desta forma, a turma de Inzaghi confirma, pois, o crescimento do futebol do Médio Oriente, desafiando os gigantes europeus com uma exibição de coragem, disciplina tática e eficácia ofensiva.
