Botafogo deu aula tática ao PSG
O treinador português Renato Paiva mostrou-se muito orgulhoso do Botafogo na vitória frente ao PSG. O campeão da América do Sul derrotou o campeão da Europa por 1-0, com golo de Igor Jesus, na segunda jornada do Mundial de Clubes.
“Nós fizemos um jogo taticamente perfeito, irrepreensível. O Paris Saint-Germain não teve todas aquelas oportunidades flagrantes. Teve muito a bola, de facto, mas nós fomos muito solidários. Quando saí do campo, disse: ‘fizemos o Paris Saint-Germain beber do seu próprio veneno‘, comentou o ex-técnico do Benfica B em conferência de imprensa.
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Apesar de manter controlo das ações – o PSG teve 75% de posse de bola -, o Botafogo não correu riscos durante os 90 minutos. Foram 16 remates do emblema de Paris, mas apenas duas à baliza adversária. Já a equipa do Rio de Janeiro teve apenas 4 remates, mas todos no alvo dos postes protegidos por Donnarumma.
Autocarro alvinegro em Los Angeles
“Nós fomos hoje aquilo que o PSG tem sido nos últimos tempos: uma verdadeira equipa. E não foi a primeira vez que o fizemos. Todos atacámos, todos defendemos. Deslizamos todos para a direita, deslizamos todos para a esquerda. Fomos todos para a frente e fomos todos para trás. Era a única forma de nós nos equivalermos a eles. Foi um jogo estratégico, como sabíamos que seria.”
De facto, a estratégia do treinador luso funcionou como um relógio suíço. O PSG tinha grande volume de jogo, mas era estéril na parte ofensiva; do seu lado, o Botafogo estacionou o autocarro alvinegro, lembrando os melhores momentos de José Mourinho no Inter Milão.
“A história do futebol diz que o cemitério do futebol está cheio de favoritos. Hoje, isso voltou a ser provado. Uma das prioridades deste grupo e deste treinador é se blindar do exterior e trabalhar em função das suas ideias, das suas filosofias, do conhecimento dos seus jogadores. Era uma questão de acreditar. Fechámo-nos ao exterior, porque depois daquele momento (da estreia de 2 a 1) era tudo negativo, era a teoria do caos.”
Igor Jesus celebra golo contra o PSG com adeptos do Botafogo. Foto: Forster/Getty Images.
“Estou muito feliz pelo Brasil”
Além da disciplina tática e da entrega total de seus jogadores à estratégia frente ao vencedor da Champions League, Renato Paiva fez questão de agradecer ao apoio dos adeptos. Segundo o comandante do alvinegro carioca, o triunfo é uma oferta aos apoiadores do clube.
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“Esta vitória é dedicada à gigantesca torcida do Botafogo. Isso é histórico, há jogos especiais. Cada vez que eles ficam orgulhosos com o trabalho destes jogadores, para mim é histórico. Eu estou muito feliz pelo Brasil, pelo país, pelo jogador brasileiro, pelo treinador brasileiro, pelo treinador estrangeiro que trabalha no Brasil“, afirmou Paiva.
