Na jornada 31 do Brasileirão, o Palmeiras de Abel Ferreira não foi além de um empate com o Fortaleza, enquanto o Botafogo, orientado por Artur Jorge, venceu na deslocação ao campo do Bragantino. Os dois portugueses continuam na disputa pelo título.
“Profetas do acontecido”
Não é de hoje, não será provavelmente a última vez: após o empate a dois golos na recepção ao Fortaleza, Abel Ferreira teve uma troca mais acesa de palavras com um jornalista. Em causa, o desperdício da equipa e as vaias dos adeptos a Mayke, lateral envolvido nos dois lances de golo sofridos pelo Palmeiras.
Veja também
Abel Ferreira: “O xadrez joga-se com a mão ou com a cabeça?”
“Os mesmos que o criticaram, e você [jornalista] foi um deles, são os que disseram há um ou dois meses que o Mayke deveria ser titular. Futebol é isto. Os jogadores, como os treinadores, acertam e erram. Fico feliz porque vocês só acertam, só opinam sobre aquilo que querem, da forma que querem. É muito fácil falar agora, depois do jogo. Profetas do acontecido“, acusou o português.
No Allianz Parque, o Palmeiras, que esteve por duas vezes em vantagem, não conseguiu ultrapassar o Fortaleza, que segue em 3º lugar no campeonato.
“Português, filho da…”
A “escorregadela” da equipa de Abel Ferreira permitiu ao Botafogo cimentar a sua liderança, após a vitória no campo do Bragantino. O golo solitário chegou aos 86′ e, após este triunfo arrancado a ferros, o Fogão soma agora 64 pontos na tabela, mais três do que o Palmeiras.
No final da partida, adeptos do clube da casa, curiosamente treinado por Pedro Caixinha, gritaram impróprios a Artur Jorge: “Português filho da p…, vai embora”, ouviu-se nas bancadas do Estádio Nabi Abi Chedid.
Artur Jorge foi foi alvo de insultos no fim do jogo por parte dos torcedores do Bragantino. O técnico devolveu as provocações mostrando o escudo do Botafogo. CORRETO! ✅️ 📽 Sofia Arruda
O treinador bracarense “respondeu”, apontando para o símbolo do clube na camisola. Mais tarde, chegou a resposta oficial do clube. “O Botafogo repudia veementemente os insultos xenófobos proferidos contra o técnico português Artur Jorge por alguns adeptos da equipa local. Acreditamos que o futebol é um espaço de todos e há limites entre rivalidade e desrespeito.
Que esta luta não seja só do Botafogo e que todos possam ser respeitados em solo brasileiro. O clube reitera o apoio ao seu treinador“, lê-se em comunicado do Botafogo.