Brasil de Ancelotti fica ao nulo contra o Equador
Carlo Ancelotti fez sua aguardada estreia como selecionador do Brasil frente ao Equador. No entanto, o jogo da Qualificação ao Mundial 2026 foi uma deceção para os adeptos brasileiros. A seleção canarinha não saiu de um empate nulo de golos no Estádio Monumental de Guayaquil.
É claro que o treinador italiano ainda não teve tempo de treinar a equipa pentacampeã do mundo. Por outro lado, algumas decisões foram questionadas. Sem Raphinha (suspenso) e e Rodrygo (lesionado), o ex-Real Madrid optou por Richarlison como ponta-de-lança. Esse foi um dos problemas.

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Apesar de ter vencido a Europa League, o avançado do Tottenham não é titular em Londres. E esteve numa equipa que terminou na 17.ª posição da Premier League. Apesar de dedicado, Richarlison tampouco é um goleador: em 24 partidas nesta época, o ex-Everton anotou apenas 5 golos e 2 assistências.
Pouca criatividade no meio
“Muita disposição, movimentação, mas pouca produtividade. Foi importante nos gatilhos de pressão no início da partida, o que é pouco para quem precisou esperar tanto para retornar à Seleção. Cometeu muitos erros técnicos e desperdiçou boa chance após jogada de Vini Júnior ao furar em tentativa de finalização dentro da área. Não funcionou e segue em jejum com a camisa do Brasil desde a Copa de 2022“, afirmou Cahê Mota no portal GE, em sua avaliação de Richarlison na partida.
Com Vini Jr. como extremo do lado esquerdo e o jovem talento Estevão na banda direita, o Brasil pouco conseguiu agredir. Contudo, tampouco a bola chegava aos atacantes em boas condições. Também graças às atuações seguras de Pacho (campeão da Champions League no PSG) e Caicedo, destaque do Chelsea.

Casemiro disputa jogada com Caicedo no Equador x Brasil. Foto: Franklin Jacome/Getty Images.
Refém de Neymar?
Apesar do regresso seguro de Casemiro e de companheiros de qualidade, como Gerson e Bruno Guimarães, o Brasil sentiu falta de um médio-ofensivo criativo para municiar as armas de seus avançados frente à muralha do Equador. Para o comentador Julio Gomes, do UOL, este é o motivo pelo qual a seleção brasileira não esquece sua polémica estrela.
“O Brasil não tem um camisa 10 e faz tempo. Isso explica por que o país vive refém de Neymar há 15 anos. Mas muitos times conseguem se virar sem um camisa 10 raiz no futebol de hoje em dia. E a má notícia é que o problema seguirá com Carlo Ancelotti, como vimos ontem, contra o Equador.”

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Carlo Ancelotti terá seu próximo desafio na quarta-feira (11), contra o Paraguai, à 1h45 de Portugal Continental. O Brasil está na 4.ª colocação da Qualificação Sul-Americana ao Mundial 2026, com 22 pontos em 15 jornadas, atrás de Paraguai e Equador, na terceira e segunda posições, respetivamente. A Argentina é lider, com 34 pontos.