Questões humanitárias e ambientais
Mais de cem jogadoras assinaram uma carta aberta em protesto contra um patrocinador da Arábia Saudita. A Aramco, gigante saudita de petróleo, fechou um contrato com a FIFA no início deste ano. O acordo vale para a Copa do Mundo masculina e feminina de 2026 e 2027, respetivamente.
As atletas, de 24 nacionalidades, pediram para a entidade máxima do futebol reconsiderar o patrocínio. De acordo com as jogadoras, a iniciativa preocupa-se com questões humanitárias e ambientais.
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Responsabilidade
Vivianne Miedema, avançada do Manchester City, foi uma das vozes mais altas do protesto. “Enquanto jogadoras, e especiamalmente como jogadoras mulheres, temos a responsabilidade de mostrar ao mundo e à próxima geração o que é correto”, disse à BBC Sports.
“Eu acho que esse patrocínio não é certo para o que a FIFA defende, mas também para o que nós defendemos. A FIFA sempre grita que quer um jogo inclusivo, que seja uma liderança exemplar. Bem, se é assim, então tenha certeza de alinhar-se com patrocinadores que liderem de forma exemplar”, afirmou a internacional neerlandesa.
A FIFA deveria escolher melhor seus patrocinadores?
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FIFA valoriza parceria
A Arábia Saudita é bastante criticada por usar o futebol como meio de melhorar sua reputação. A prática, em inglês, é conhecida como sportswashing. O país é acusado de violação de direitos humanos, das mulheres e criminalização da homossexualidade.
De sua parte, a FIFA disse que “valoriza sua parceria com a Aramco”. Segundo a organização Carbon Tracker, a empresa saudita seria a maior emissora corporativa de dióxido de carbono em todo o planeta. A Arábia Saudita será a sede da Copa do Mundo masculina de 2034.