Mundial de Futsal: polémica, denúncias e "match fixing"

Jogo entre a França e o Irão debaixo de fortes suspeitas.

Jogo entre França e Irão sob suspeita no Mundial de Futsal. Foto: Getty Images
© Getty ImagesJogo entre França e Irão sob suspeita no Mundial de Futsal. Foto: Getty Images

Está o caldo entornado no Mundial de Futsal. O motivo? O jogo entre a França e o Irão, que os franceses terão perdido de propósito. De Erick Mendonça ao selecionador da Líbia, as reações têm sido de forte contestação. A FIFA deverá reagir nas próximas horas.

Contexto

França e Irão enfrentaram-se este domingo na partida que decidiu o primeiro lugar do Grupo F. O jogo terminou com a vitória dos asiáticos por 4-1 e até aí tudo bem – o problema está mais na forma como a seleção gaulesa tentou, ou não tentou, vencer o jogo.

Os Bleau não apenas falharam golos de forma escandalosa como demonstraram uma enorme displicência e falta de empenho na zona defensiva, com o guarda-redes Thibaut Garros a sofrer quatro tentos em poucos minutos e sem qualquer esforço para os impedir.

Em causa está o emparelhamento das próximas rondas. Ao classificar-se em 2º lugar no grupo, a França evita cruzar-se com Marrocos nos oitavos de final, defrontando antes a mais acessível Tailândia – e escapando também a um possível encontro com o Brasil nos quartos.

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O caminho dos franceses até à final estaria, à partida e teoricamente, assim mais facilitado.

Achas que França perdeu de propósito?

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Choque e revolta

Ricardo Iñíguez, selecionador da Líbia (terceira classificada do Grupo D), demonstrou no X a sua revolta, garantindo que a sua federação vai apresentar uma queixa na FIFA por match fixing. “É uma vergonha para o nosso desporto”, declarou.

Também os jogadores portugueses Erick Mendonça e Tomás Paçó demonstraram a sua incredulidade na mesma rede social. “É uma questão de honra. E queremos respeito?”, escreveu Erick. Já Paçó questionou-se: “É esta a imagem que queremos passar do futsal?”

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As lendas Ricardinho e Falcão uniram-se ao coro de protestos. “Até quando vão os atletas pactuar com isto?”, lançou o português. O brasileiro definiu a situação como “uma das grandes vergonhas da história do futsal”, relembrando que a modalidade tenta integrar o programa olímpico e questionando a credibilidade passada.

O último a reagir foi Miguel Rodrigo, selecionador do próximo adversário da França, a Tailândia. E o técnico não se poupou palavras:

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“Aconteça o que acontecer no próximo dia 27, e admitindo que somos a parte mais fraca desta história, digo: ‘França, esperamo-vos de braços abertos’. Irão e França, treinadores e jogadores, desonraram o meu desporto. São uma vergonha mundial”, escreveu.

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