O Sporting foi “a melhor equipa”, segundo Nuno Dias
Garantida a presença na final four da UEFA Futsal Champions League, o português Nuno Dias, treinador do Sporting, em conferência de imprensa destacou vários aspetos sobre o jogo e acerca da passagem à próxima fase.
“A organização da Ronda de Elite foi a grande mais-valia e arma que tivemos. Poder organizar na nossa casa, perante os nossos adeptos, sem ter de viajar e de preparar logísticas, foi bom para nós. Contudo, desportivamente não foi bom, porque este era claramente o único grupo com três candidatos“, começou por referir, na sala de imprensa do Pavilhão João Rocha, a “casa” do clube leonino.
“Penso que, com toda a justiça, fomos a melhor equipa que se apresentou na Ronda de Elite. É pena não termos o pleno de vitórias. Queríamos vencer e jogar com uma melhor exibição. A competição, os adeptos, o pavilhão e a organização mereciam um jogo com mais qualidade”, refletiu, assim, o treinador português.
Os três jogadores no plantel que foram campeões em 2019
O técnico dos tetracampeões nacionais enalteceu, a capacidade de reinvenção do clube, mas mantendo na mesma o histórico de sucesso. “Desde que o Sporting foi campeão europeu em 2019, apenas três jogadores se mantêm no plantel: João Matos, Alex Merlim e Gonçalo Portugal. As mudanças têm sido muitas, mas o ADN e o espírito competitivo mantêm-se. Este grupo tem um caráter incrível“, sublinhou.
“Esta passagem tem nuances interessantes. Na primeira vez que o Sporting ganha a Champions, ficámos em segundo no grupo do Kairat, na Ronda Principal. Depois, jogámos em casa contra outra equipa portuguesa, na Ronda de Elite . Precisávamos do empate e passámos com ele no último jogo, tal como agora. Na final four, acredito que estejamos nós, Kairat e duas espanholas, tal como ali. Não sou muito destas coisas, mas parece que se está a compor para nós“, afirmou.
“Precisamos de um pavilhão…”
Sobre o facto de não organizar a fase final, Nuno Dias referiu: “Para organizar, precisamos de um pavilhão com 5.000 espetadores, no mínimo. O único assim é a MEO Arena, que provavelmente terá outros eventos nessas datas. Portugal merecia que essa reserva existisse com mais regularidade, percebendo quais são as datas e que as equipas portuguesas vão marcando presença assídua. Cabe a quem dirige o futsal pensar também neste pormenor”, destacou.
Além dos exemplos de “sacrifício” de Zicky, Tomás Paçó e Pauleta, que ainda contribuíram depois de poucos minutos terem somado desde o início da temporada, o treinador luso lembrou “todos os que aguentaram este barco, que tem sido difícil de levar, com tantos jogos e ausências”.
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“Portanto, são nove presenças na fase final, em 12 anos. Esta é a quinta vez consecutiva que fazemos. Não há houve equipa a conseguir isto. Quando batemos recordes, é sinal de que estamos a conseguir algo que nunca ninguém fez. O que estamos a fazer é algo extraordinário”, concluiu, então, Nuno Dias.