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Cristiano ou Messi? Para Ángel Di María "são os dois melhores da história"

O avançado do Benfica, além de responder ao "debate do costume", disse que está a estudar para se tornar treinador

Ángel Di María a comemorar um golo com a camisola do Benfica. Foto: Imago
© IMAGO/ZUMA Press WireÁngel Di María a comemorar um golo com a camisola do Benfica. Foto: Imago

Onze da vida? “Quem deixo de fora?”

A cumprir a segunda época neste regresso ao Benfica, o campeão do mundo Ángel Di María caminha para o final da carreira. Porém, ainda não tem uma data definida para o adeus definitivo.

Numa entrevista conduzida pelo jornalista Juan Pablo Varsky para o canal de YouTube designado por “Clank!”, o extremo benfiquista tocou em muitos assuntos da sua carreira, para além da futura despedida dos relvados. O jogador argentino foi igualmente convidado a fazer o onze da sua vida, com os melhores jogadores com quem jogou. Contudo, recusou fazê-lo e explicou o porquê.

“Já me pediram muitas vezes e não tenho como sair da situação [risos], é muito difícil escolher um onze, é impossível. Quem deixo de fora? Neymar? Ibrahimovic? Cristiano? Benzema? Messi? Mbappé? Rooney? Van Persie? Não sei, é muito difícil poder escolher uma equipa, é impossível fazer um onze”, sublinhou. Depois de tentar fintar o entrevistador como finta os adversários, acrescentou: “Enche-me de orgulho, porque significa que fiz as coisas bem e tive a possibilidade que poucos tiveram de jogar com todos estes jogadores. Cada vez que me perguntam, dou-me conta de que joguei com todos eles e entendi-me perfeitamente com todos dentro de campo“, salientou.

Di Maria, sem data para terminar a carreira, está a fazer o curso de treinador

Sobre o fim da carreira, disse: “Não tenho data, estou a aproveitar muito mais desde que ganhámos [o Mundial] na seleção [argentina]. É como tirar um fardo de cima. Antes tinha esse travão de ganhar com a seleção, mas os últimos anos são de alegria. Voltei a ter vontade e estou a divertir-me. Não tenho um momento em que diga: ‘mais dois anos e saio’, na verdade não”, destacou.

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Di María anda a fazer o curso de treinador e falou sobre isso. “Estou a fazer a curso, mas estou a fazê-lo por acaso. A partir dos 30 anos comecei a analisar mais o futebol, não apenas o lado do jogador, procurei vê-lo do lado do treinador. Veremos o que acontece mais à frente. A parte do treinador é mais difícil, porque leva mais tempo, um jogador treina e vai para casa, o treinador tem de ver vídeos, outras coisas, com os adjuntos. Quando me retirar gostava de gozar um pouco a família, no entanto mais à frente logo se vê”, disse o jogador de 36 anos.

Se enveredar por esse caminho, Di Maria dará um bom treinador?

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“Já tinha imaginado a jogada”

Acerca da pergunta do costume, Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi, apontou: “São os dois melhores da história. Todavia, Cristiano é trabalhar, trabalhar, trabalhar e Messi é qualidade pura, é o que Deus lhe deu, não tem de esforçar-se para ser o melhor. Cristiano tem de trabalhar duro, fazer ginásio, Leo parece que está a jogar com os amigos. É a grande diferença entre eles. Foi nos Jogos Olímpicos de Pequim que o conheci e foi muito especial”, observou ainda sobre o seu companheiro argentino.

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Por fim, em relação ao clássico entre Benfica e FC Porto, que terminou 4-1 a favor dos encarnados, Ángel Di María contou como surgiu isolado na frente de Diogo Costa. Na altura, deixou igualmente Francisco Moura para trás e, assim, marcou o segundo golo da sua equipa (entretanto, marcaria outro de grande penalidade). “Estou sempre a tentar perceber como pode prosseguir a jogada, mesmo quando a bola está noutro lado, para poder acelerar o jogo ou ir buscar a bola noutro sítio. São momentos do jogo, que às vezes são segundos”, começou por dizer.

Di María lidera um Benfica avassalador na goleada sobre o FC Porto

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“No outro dia, quando jogámos contra o Porto, marquei. Se virmos a jogada de longe, e já a vi, assim que recuperámos a bola, roubou-a o Kerem [Akturkoglu]. Eu fui logo avançando, sabendo que o lateral [Francisco Moura] já não estava atrás, estava aberto para atacar. Fiquei com espaço. Já tinha arrancado antes, sabendo que se a bola chegasse ao meio ao Fredrik [Aursnes] iria receber um passe. Já tinha imaginado a jogada. São segundos em que imaginamos as coisas, às vezes acontecem e outras não. No outro dia, aconteceu”, partilhou o craque argentino.

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