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Lucy Bronze, filha de português e jogadora do Chelsea, fala do diagnóstico de autismo: “Ser incompreendida…”

A lateral-direita, atual jogadora dos londrinos, tem 133 jogos na seleção inglesa e passagens por Barcelona ou City

Lucy Bronze, atual defesa do Chelsea, já foi considerada a melhor jogadora do mundo para a FIFA, em 2020. Foto: Jess Hornby/Getty Images.
© Getty ImagesLucy Bronze, atual defesa do Chelsea, já foi considerada a melhor jogadora do mundo para a FIFA, em 2020. Foto: Jess Hornby/Getty Images.

Bronze por fora, Ouro por dentro

A internacional inglesa Lucy Bronze, a melhor jogadora do mundo para a FIFA em 2020 e campeã europeia em 2022, é filha de pai português. Contudo, foram as desconfianças da mãe que a ajudaram a descobrir o diagnóstico.

Atualmente ao serviço do Chelsea, a lateral-direita concedeu então uma entrevista à estação televisiva britânica BBC Sport. Aí, explicou acerca da forma como tem vivido desde que há quatro anos foi oficialmente diagnosticada com autismo e Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA).

Aliás, esta foi a primeira vez que Bronze falou melhor sobre o seu diagnóstico, em plena Semana da Celebração da Neurodiversidade. Curiosamente, a descoberta acabou por não ser assim tão surpreendente para a jogadora, visto que admitiu que “sempre soube” que havia algo de diferente no funcionamento do seu cérebro.

“O meu cérebro está sempre a 100 à hora”

“Foi algo que sempre soube, de certa maneira. A minha mãe falou comigo sobre isso desde muito tenra idade e reparou em certas coisas. Por exemplo, o meu cérebro está sempre a 100 à hora, mesmo quando estou deitada na cama”, começou por referir a ex-Barcelona.

“Isto não mudou nada, essencialmente, mas abriu-me um pouco os olhos. Aprendi, simplesmente, mais sobre mim mesma e percebi o porquê de, em certas situações, ver as coisas de forma diferente das outras pessoas e agir de maneira diferente“, acrescentou assim a defesa, atualmente com 33 anos.

Bronze celebra o ouro da Inglaterra, juntamente com as suas colegas, após a vitória no Europeu de 2022. Foto: Warren Little/Getty Images.

Bronze celebra o ouro da Inglaterra, juntamente com as suas colegas, após a vitória no Europeu de 2022. Foto: Warren Little/Getty Images.

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“Observava-a, via como ela falava com as pessoas e copiava-a”

“Quando cheguei à seleção pela primeira vez não conseguia falar com ninguém”, revelou. Os mecanismos de integração passavam por mimetizar colegas como a veterana Jill Scott. “Observava-a, via como ela falava com as pessoas e copiava-a“, disse, antes de falar sobre outro aspeto: “O exercício é muito bom para a PHDA e para o autismo. Treinar todos os dias é fantástico para mim. Outras raparigas dizem: ‘Tens a certeza de que tens 33 anos? Não paras’“, contou.

Um estudo da Associação Britânica de Futebolistas Profissionais com 700 jogadores concluiu que 5% foram diagnosticados com uma condição neurodivergente, como autismo, dislexia, dispraxia ou hiperatividade. Ademais, 25% terão já manifestado alguma característica coincidente com estas condições.

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Aliás, a maioria dos jogadores diagnosticados ou com traços de condição neurodivergente não comunicou esse facto ao clube. Também por isso, inclusive para “acabar com o estigma”, Lucy Bronze tornou-se embaixadora da Sociedade Nacional de Autismo do seu país. “Ser incompreendida quando se é mais nova é muito difícil e foi por isso que quis juntar-me à associação“, rematou.

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