Adeus, carrasco
O FC Porto não deu qualquer hipótese à zebra. Ou fantasma. Quiçá um carrasco indigesto. O Estoril, responsável por vencer três dos quatro confrontos na temporada passada, não conseguiu ser páreo ao volume ofensivo da equipa de Vítor Bruno. Um 4-0 com autoridade e mostras de um FC Porto candidato ao título da Liga Portugal.
Namaso aproveitou outra titularidade e inaugurou o marcador, aos 19 minutos, com um remate cruzado. O extrema recebeu um lindo lançamento de Martim Fernandes para surgir à frente do guarda-redes Joel Robles.
Rapidamente, Pepê aumentou a vantagem em erro crasso do defesa Kévin Boma. O central, em vez de recuar a Robles, mandou a bola na direção do brasileiro, que apenas completou facilmente às redes, aos 28′.
FC Porto vem evoluindo com Vítor Bruno?
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Na segunda parte, Galeno deixou o banco e bisou. O brasileiro, substituto de Fábio Vieira, apareceu no segundo poste para desviar de cabeça, deslocando Robles, aos 77′. Outro cruzamento preciso de Martim Fernandes. O extrema garantiria o bis estufando às redes em centro rasteiro de João Mário, aos 88′.
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À sombra do Sporting
Com este triunfo, o FC Porto continua à espreita do Sporting na Liga Portugal. O emblema azul e branco está na 2.ª posição, com 27 pontos, três abaixo dos leões, que lideram. O Estoril, por sua vez, mantém-se na 12.ª posição, com 9 pontos. Na próxima ronda, os dragões terão o aguardado clássico frente ao Benfica na Luz.
Flancos, o caminho
Nos primeiros minutos, o FC Porto conseguiu encontrar falhas na defesa do Estoril, explorando os flancos, graças a boa troca de passes. Na direita, Martim Fernandes, na esquerda, Francisco Moura, desestabilizaram o sistema do Estoril.
Foi assim que nasceu o primeiro golo da noite. Martim Fernandes enxergou um corredor livre na direita e lançou Namaso, sozinho, para estar à frente de Robles. O extrema disparou, o guarda-redes desviou, mas a bola morreu nas redes.
O Estoril tentou uma resposta de imediato num cabeceamento perigoso, mas Diogo Costa interviu na hora exata para impedir o empate. Pouco depois, veio o momento bisonho da partida: Boma falhou num passe bobo, “serviu” Pepê, que empurrou à baliza deserta.
Robles evitou o pior
Antes do intervalo, o FC Porto esteve muito próximo de aumentar a vantagem. Nas duas oportunidades, Namaso parou em Robles. Na primeira, um milagre com os pés impediu um golo certo oriundo de um remate na marca do penálti. No segundo, um tiro a longa distância testou o reflexo do atento guarda-redes.
Se o Estoril não se deixou afetar pelos dois golos sofridos, não conseguiu encontrar forma de ameaçar constantemente Diogo Costa. Nem bolas longas, nem cantos surtiram efeito. O FC Porto dominou os primeiros 45 minutos, com um 2-0 conquistado com relativa facilidade.
Lentidão até chegar… Galeno
Com o placar assegurado, o FC Porto colocou o pé no freio no regresso do balneário. O ritmo do jogo tornou-se mais lento e a posse de bola passou a ser trabalhada sem pressa, com a construção saindo da defesa. Isso proporcionou um certa calmaria na partida.
O cenário mudou quando Moura arrancou pelo flanco (de novo!) e pegou o Estoril desprevenido. A seguir, Eustáquio, novidade na etapa, serviu Namaso, que soltou um remate à queima-roupa, negado mais uma vez por Robles.
No entanto, os adeptos sorriram nas bancadas quando Galeno entrou. O brasileiro não demorou a marcar: no segundo poste, aproveitou de um cruzamento na medida de Martim Fernandes para deslocar o guarda-redes num cabeceamento. Ele repetiria a dose em outro centro, desta vez rasteiro de João Mário. O seu instinto goleador segue em dia.