Guardiola: reforma já em 2027?
Pep Guardiola já prepara seu plano de reforma após o Manchester City. Ou, pelo menos, um período sabático longe do futebol. Em entrevista à revista GQ, o treinador catalão afirmou que fará uma pausa na carreira assim que terminar seu contrato com os citizens, que vai até 2027.
“Está mais que decidido, depois desta etapa, vou parar, isso é certo. Um ano dois anos, três anos, cinco, dez, quinze… Preciso de parar focar em cuidar de mim mesmo, no meu corpo”, comentou o técnico do emblema azul de Manchester, que tirou um ano de descanso quando saiu do Barcelona, antes de assinar com o Bayern Munique.

Veja também
Sporting resiste e deixa exigência clara à Juventus, que volta à carga por Hjulmand: €80 milhões ou nada
No entanto, Guardiola não tem planos de regressar ao Barcelona, não importa qual cargo seja. “Já se acabou, acabou para sempre. Foi bonito, mas acabou. Voltar como presidente? Não, não sirvo para isso”, decretou o treinador, que fez história no emblema blaugrana.
Comparações entre Lamine Yamal e Messi
Formado na academia dos culés, Guardiola foi capitão do Barça e venceu a primeira Champions League da história do clube, em 1992, no Dream Team de Johan Cruyff. Como técnico dos catalães, conquistou 14 títulos entre 2008 e 2012, incluindo duas Ligas dos Campeões, duas Taças do Rei, dois Mundias de Clubes e três edições de La Liga.
Questionado sobre a comparação entre Lamine Yamal e Lionel Messi, ele foi claro. “Devem deixar que faça a sua carreira. Quando tiver 15 anos de carreira, diremos se é melhor ou pior. Só o facto dele ser comparado a Messi… é como comparar um pintor a Van Gogh, sinal de que é bom”, analisou Guardiola.

Messi e Guardiola, em 2012, durante jogo do Barcelona. Foto: David Ramos/Getty Images
“Ainda gosto de futebol”
Em relação à pressão do trabalho, o catalão garante que os treinadores recebem muito bem para aguentá-la. “Neste ano, em cada jogo fora de casa, diziam que eu seria demitido pela manhã. Não há uma profissão, arquiteto, professor, médico, jornalista, na qual 60 mil pessoas peçam a sua demissão. Mas nossa profissão é muito bem remunerada, pagam-nos muito dinheiro para aceitar isso. Se não queres, podes fazer outra coisa.”
No Manchester City há nove temporadas, Guardiola confessa que ainda não sabe se a tal pausa anunciada será apenas um tempo de descanso ou uma reforma definitiva, admitindo que o mesmo ocorreu quando decidiu abandonar a carreira de jogador, em 2006, pelo Dorados de Sinaloa, do México.

Veja também
Real Madrid avalia pagar fortuna para tirar Rodri do Manchester City, após chegadas de Huijsen, Alexander-Arnold, Carreras e Mastantuono
“A paixão é distinta de quando comecei, mas ainda gosto do futebol. Chegará um dia em que, como treinador, direi: ‘basta, já não quero lidar com jogadores, táticas, conferências de imprensa a cada três dias, meu chefe‘. Direi apenas: ‘agora sou meu próprio chefe’. Quando esse dia chegar, irei parar e voltar em breve. Ou não. Logo veremos.”