Revolução de Ruben Amorim no Manchester United
A revolução de Ruben Amorim no Manchester United parece finalmente estar a dar resultado. Os red devils ainda não conheceram o sabor da derrota durante a pré-época e têm apresentado exibições promissoras. O último jogo da Premier League Summer Series será este domingo (3), às 22h, frente ao Everton.
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Antes do encontro, Ruben Amorim falou sobre os seus objetivos e fez referência ao legado de Sir Alex Ferguson: “Quero ficar 20 anos no Manchester United, esse é o meu objetivo. E acredito que algo vai acontecer. Em alguns momentos terei sorte. Já tive muita sorte na minha carreira enquanto treinador. Em todo o caso, sabemos que os resultados vão ditar o futuro”, começou por dizer ao programa Match of the Day da BBC.
“Fui para vários jogos a saber que não seríamos competitivos”
Confrontado com a pressão de devolver o prestígio ao Manchester United, Ruben Amorim afastou-a de forma clara e emotiva: “Senti [pressão] quando terminei a carreira como jogador, devido às lesões, porque queria continuar a ajudar a minha família.”
Os red devils cumpriram então uma das temporadas mais difíceis da sua história, com o 15.º lugar na Premier League, aliado à derrota na final da Liga Europa diante do Tottenham. “Fui para vários jogos a saber que não seríamos competitivos, é muito frustrante. Quando estás a perder, ponderas mudar os padrões, para que os jogadores te apoiem. Mas não o fiz”, confessou o técnico.
Após o duelo com o Everton, a equipa regressará então a Inglaterra para preparar o jogo de apresentação aos adeptos, frente à Fiorentina, em Old Trafford. Entretanto, Amorim explicou uma das mudanças introduzidas no quotidiano do clube: “Se não treinares de forma correta, tenho vídeos para o comprovar. E mostro-os à frente de todos.”
Lamento por Garnacho e elogios a Matheus Cunha
Naturalmente, o plantel do United também está a mudar. Numa altura em que jogadores como Alejandro Garnacho, Jadon Sancho, Antony e Malacia procuram novos desafios, Ruben Amorim comentou o caso do extremo argentino: “É um miúdo muito talentoso, mas, por vezes, simplesmente não resulta. Está claro que ele quer algo diferente, com uma liderança diferente. Trabalho com quem quer ficar.”
Matheus Cunha é reforço do Manchester United. Foto: Getty Images
Por outro lado, noutra entrevista, o treinador português elogiou o reforço Matheus Cunha: “Quando está chateado, percebe-se no ambiente. E isso é bom para nós. Quando perde, fica uma pessoa diferente. Essas foram caraterísticas que nos faltaram na época passada“. Deixou ainda no ar palavras que dirigiu ao avançado brasileiro: “Não posso usar essas palavras em público”, afirmou, provocando risos.
