“Impor o que é nosso”
O FC Porto recebe o Estrela da Amadora esta segunda-feira (16) e Vítor Bruno fez a antevisão à partida, referente à jornada 14 da Liga Portugal. O técnico portista falou sobre o momento dos tricolores e o impacto das palavras de Eustáquio no grupo, mas também sobre arbitragem e possíveis saídas.
“Precisamos de estar atentos, o Estrela vem de uma vitória moralizadora. Se não ganhou fora ainda, é um alimento motivacional, certamente. Temos de entrar para ganhar ou ganhar, impor o que é nosso, muito mandões, porque vimos de um resultado que não nos favorece em nada no campeonato. Temos de continuar o nosso trabalho”, começou por dizer.
O treinador comentou igualmente as transições ofensivas do FC Porto. “A nossa primeira grande intenção é chegar à baliza de forma muito rápida, de forma vertiginosa; não podendo, temos de trabalhar em momentos de transição. Temos gente muito vertical, rápida, que cresce com grande velocidade, e é um momento que temos de aproveitar”, disse.
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“Ter 50 mil a empurrar-nos…”
Vítor Bruno foi questionado sobre o Dragão, recinto no qual o FC Porto ainda não perdeu. “Os campeonatos são ganhos em casa e fora. Fortaleza ou não, claro que ter 50 mil pessoas a empurrar-nos é melhor, ajudam a resolver problemas que vão aparecendo durante o jogo”, garantiu o técnico, reforçando a importância dos adeptos para a equipa.
O treinador azul e branco falou ainda sobre a participação portista ao Conselho de Arbitragem. “Há pessoas que têm critérios diferentes perante lances semelhantes. Não podemos dizer muita coisa, sabemos o que nos espera se dissermos tudo o que nos vai no coração. Há lances recentes que não caem bem a ninguém e muita gente que fica mal na fotografia”, atirou.
O técnico abordou igualmente a situação de Wendell. “É verdade que há alguma celeuma em volta da situação. Talvez tenha vontade de ir para um lugar diferente, o mês de janeiro é sempre muito agitado. Vamos ter de ser criteriosos na forma como vamos gerir esse espaço de mercado. O Wendell tem sido muito profisisonal, mas tenho gente que me dá totais garantia”, explicou.
Wendell está perto de dizer adeus ao FC Porto e regressar ao Brasil. Foto: Imago
Problemas com Eustáquio?
Vítor Bruno defendeu ainda Stephen Eustáquio, que após o jogo frente ao Midtjylland considerou que o FC Porto tinha conquistado uma ‘vitória de serviços mínimos’. “Ele disse que podíamos ter feito mais golos, aproveitar mais as situações que criámos. E eu entronquei nesse aspeto, não há grande coisa a contestar. Causou incómodo mas não nos colegas, mas no Eustáquio“, disse.
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“No outro dia de manhã veio ter comigo porque quiseram fazer daquilo um problema. Claro que me agrada este sentimento de exigência dos jogadores, porque é a essência FC Porto. De resto, as frases colam muito uma com a outra, as minhas e as do Eustáquio“, elogiou.
O treinador portista falou também sobre Otávio, que revelou ter procurado o apoio do Departamento de Psicologia do clube. “A maior força do ser humano é aceitar a sua imperfeição. É uma área que me cativa, a da psicologia, tem uma influência muito grande no rendimento. Ele percebeu que precisava de ajuda, algo mais. Fê-lo e fê-lo bem”, finalizou.