Um desejado regresso numa noite de “pesadelos”
A seleção feminina de Portugal, comandada por Francisco Neto e com Jéssica Silva a regressar aos jogos e a fazer o rescaldo do duelo, sofreu uma goleada por 6-0 no terreno da Inglaterra. O jogo foi válido para a quinta jornada do grupo E da UEFA Women’s Nations League, com a primeira parte a correr particularmente muito mal às lusas – foram cinco golos sofridos em 33 minutos.
Ilações da partida: “Foi uma exibição muito aquém daquilo que somos capazes. Isto não é o reflexo do que temos vindo a trabalhar e do que temos vindo a construir. Mas o futebol às vezes expõe-nos às dificuldades, às fragilidades que ainda temos e à crueldade daquilo que ainda temos de continuar a construir para estar em palcos como Wembley, Europeu, entre outros”.
Resultado muito pesado: “São coisas que vamos discutir internamente. É mais um resultado bastante negativo e pesa na nossa equipa, mas temos de trabalhar. Isto não é o reflexo das nossas ambições. Temos de repensar, olhar para mais um resultado negativo com verdade e temos de aprender para continuar a crescer“.
“Está tudo em aberto”, diz Jéssica Silva antes do Portugal x Bélgica
Próximo jogo contra a Bélgica: “Está tudo em aberto. Soubemos dar uma resposta positiva quando caímos e acredito muito nesta equipa. Queremos fazer as coisas de maneira diferente contra a Bélgica. O jogo foi ontem, a noite foi mal dormida, temos treino e teremos tempo de analisar de forma mais profunda”.
Se existe confiança: “Claro que sim. Uma das coisas que mais caracteriza a nossa seleção é a alma, a nossa ambição, a capacidade de resposta e sem dúvida que o que vamos querer fazer, na Madeira, junto dos nossos adeptos, como sempre estiveram. Sabíamos, mas não estávamos à espera daquele apoio incansável. Portanto, vamos procurar responder da melhor forma”.

Foi uma noite complicada para Portugal, em Wembley, com seis golos sofridos. Foto: Mike Hewitt/Getty Images.
Que sensação teve Francisco Neto após este jogo?
Fase da carreira: “É meio estranha. Não tenho tido muita sorte, é a fragilidade humana, mas o desporto é coletivo. O meu passatempo favorito é colecionar memórias e títulos. Tenho podido fazer o que mais gosto, ganhar prémios internacionais, competir nos maiores palcos e isso é algo que me deixa bastante orgulhosa e muito feliz”.
O foco atual: “O foco agora é a seleção. Continuo à procura da minha melhor versão, muito por causa dessa fragilidade física que tenho vindo a sentir. Mas vou continuar a trabalhar e tenho a certeza que ainda há muito para sorrir”.

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Por outro lado, o selecionador Francisco Neto teve uma sensação diferente entre as duas recentes goleadas: “Eu acho que – e esta frase pode ser polémica, quando se perde 7-1 e a seguir 6-0 – a sensação foi de maior controlo em função do jogo que até tivemos em Vigo. Não quer dizer que fomos melhores. Não fomos e o resultado demonstra. Mas conseguimos estar mais equilibrados, com maior controlo emocional. Mas não é suficiente na Liga [das Nações].”