Roberto Martínez rendido à exibição de Portugal
Portugal venceu a Alemanha, na casa desta, pela primeira vez em 25 anos e o selecionador Roberto Martínez não escondeu o orgulho nos seus jogadores, apesar da aparência tranquila. Nada de euforias, mas uma análise objetiva sobre o que levou ao triunfo luso.
Na flash interview após o jogo, que Portugal venceu por 2-1, o treinador começou por fintar a pergunta sobre as escolhas iniciais, nomeadamente a surpreendente colocação de João Neves a lateral-direito, e focou-se noutros detalhes.

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“O importante é o espírito que mostrámos“, começou por dizer. “Estivemos excecionais taticamente, mas também no compromisso“, sublinhou como sendo os principais motivos para a vitória. E realçou o que ficou aos olhos de todos, uma grande melhoria no segundo tempo.
Melhorias no segundo tempo
“Melhorámos muito em frente à baliza na segunda parte“, realçou, lamentando as ocasiões que Portugal desperdiçou na etapa inicial. “Hoje utilizámos muitas variantes, o que é sempre importante, mas a vitória deve-se ao trabalho da equipa. Adaptámo-nos bem ao que a Alemanha estava a dar ao jogo.”
Em alguns momentos, em especial na segunda metade do primeiro tempo, Portugal aparentou perder um pouco o controlo do jogo. Algo que Roberto Marínez rejeitou. “Não, nunca senti que perdemos o controlo“, e explicou em seguida a evolução da partida.

Roberto Martínez felicita Cristiano Ronaldo, capitão de Portugal. Foto: Alex Grimm/Getty Images
O segredo da evolução do jogo
“Há muito que temos de fazer bem para jogarmos olhos nos olhos com a Alemanha num jogo fora”, começou por referir, tentando explicar a vertente tática do jogo. “Poderíamos ter melhorado a posse e o controlo de bola e não procurámos os espaços da melhor forma no primeiro tempo.”
Na segunda metade, porém, tudo mudou para melhor na formação lusa. “Sofremos um golo que não merecíamos, pois havia fora-de-jogo, mas tivemos flexibilidade tática, personalidade e jogámos olhos nos olhos com a Alemanha“, realçou.

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Sobre as diferenças exibicionais de Portugal, afirmou. “Todos os jogos são diferentes. Há uns em que os adversários são mais fechados. Noutros é uma questão de personalidade. Precisamos de todos estes jogos para preparar bem a equipa para o Mundial e isto foi muito importante.”