A Seleção de Portugal não conseguiu melhor do que um empate na visita desta terça-feira (15) a Glasgow, casa da Escócia, na quarta jornada da Nations League. No final do encontro, o selecionador nacional, Roberto Martínez, explicou algumas das razões que levaram a este percalço por parte da equipa das quinas.
“Foi um bom desempenho. A dificuldade de ter dois jogos fora de casa. Acho que faltou o último passe. Controlámos bem o jogo, defendemos muito bem perante uma equipa perigosa, que gosta de ataques rápidos e da bola parada. Não perdemos a concentração e gostei do que fizemos sem bola. Faltou a última decisão”, apontou o treinador durante a conferência de Imprensa que decorreu após a partida.
“Dar crédito à Escócia, o guarda-redes e os defesas lutaram até ao fim e bloquearam muitos remates. Chegámos ao último terço, controlámos bem, mas faltou o último passe. Não perdemos a concentração. Precisas de energia para defender um ataque de 20, 30 metros rapidamente e tivemos energia para isso”, disse.
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Apesar do empate, Martínez afirma que Portugal cresceu. “Crescemos como equipa, tivemos jogadores que mostraram que podem jogar na seleção. Quando não podes ganhar, manter a baliza a zero é essencial. A Escócia aposta nisso, em usar os momentos que têm em frente à baliza para marcar. Melhorámos um aspeto importante e agora é preciso continuar, o jogo perante os nossos adeptos é para tentar fechar o apuramento”, observou, referindo-se às bolas paradas.
Sobre a utilização em excesso dos cruzamentos para tentar ferir os escoceses, o técnico respondeu desta forma.
Pouco acerto
“Os cruzamentos mostram que chegamos ao último terço, mas precisam de ser certos. Foram ao primeiro poste, tínhamos muito espaço ao segundo poste. Faltou a qualidade de cruzamento. Mas quando chegas 53 vezes ao último terço, os cruzamentos são uma estatística. Podemos falar de decisões”.
Mas afinal, o que faltou em Glasgow?
“Procurámos o golo, faltou mais um passe, mais uma assistência, uma decisão, um bocadinho de magia na área. Tivemos muita vontade, trabalhámos muito bem sem bola. Acho que era um jogo perigoso porque podes ter a bola e podes ter a posse da bola, mas a Escócia precisa de pouco para chegar na baliza, em ataques rápidos, a bola parada, a concentração”, frisou Roberto Martínez, que realçou a qualidade do plantel que tem em mãos.
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Talento português à solta
“O talento dos nossos jogadores é o plano A, o B, o C, o D, o E. Nós penetrámos constantemente, por fora, por dentro, a entrada do Rafael Leão dá um aspeto diferente, temos jogadores por dentro, o Vitinha chegou em muitas boas situações. Há que dar crédito à defesa do guarda-redes, à mentalidade e à eficácia da Escócia a defender e, para nós, manter a baliza zero é um aspeto positivo do desempenho”, considerou.
Lançado na reta final do jogo, João Félix voltou a não ter muitos minutos em campo.
“Temos muito, muito talento no banco. É importante dar continuidade ao jogo. Era importante utilizar Semedo. O Félix tem qualidade entrelinhas, era importante um jogador como o João que se pode virar, de costas para a baliza, e criar perigo. Mas o período foi curto”, finalizou.
Com este resultado, Portugal mantém a liderança do Grupo 1 desta poule A da Nations League com dez pontos, mais três do que a Croácia. A Escócia obteve o primeiro ponto.