O presidente do Sporting CP, Frederico Varandas, discursou nesta quinta-feira (19) durante a gala dos Prémios Stromp e abordou todos os assuntos da atualidade dos campeões nacionais. Da saída de Ruben Amorim, passando pelo convite que endereçou a João Pereira, pelo meio não deixou de visar os rivais Benfica e FC Porto.
Vítimas do próprio sucesso e a saída de Ruben Amorim
“2024 ficará na história como um dos melhores anos, fantástico, nas mais bonitas páginas da nossa história. É um ano de tanto sucesso, que acabamos o ano a sentirmo-nos vítima do nosso sucesso”, começou por referir, antes de destacar o momento que virou 2024/25 do avesso no reino leonino. “O Sporting não escolheu o timing do fim desse ciclo. A verdade é que em novembro o nosso treinador deixa o Sporting…. O que aconteceu ao Sporting, nunca aconteceu em Portugal”, explicou.
Convite envenenado…
João Pereira não iniciou com o pé direito o mandato em Alvalade, mas Frederico Varandas não deixa o treinador cair. “Antecipámos João Pereira. Um treinador que não tem tempo. Vou carregar este convite para o resto da minha vida, como o convite mais ingrato e o presente mais envenenado para um treinador. Vou sempre fazer o que considero melhor ao Sporting”, sinalizou, antes de disparar em direção aos dois velhos rivais.
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“Abriu-se uma brechazinha onde os rivais achavam que voltaríamos a ser o clube que em dezembro pensaria para o ano, que está falido… Mas não. Lamento. O Sporting não volta para trás. Não sei se vamos ser bicampeões, tricampeões, mas da forma, A, B, C, D, E ou F, vamos continuar a lutar por títulos e isso nunca mais volta para trás”, atirou.
O líder diretivo verde e branco mantém a confiança e nem a quebra de produção da equipa o demove, assegurando que a conquista de mais uma Liga Portugal está na mente de todo o plantel. “Antes o drama era não passarmos o Natal, hoje é, se calhar, não sermos campeões outra vez… Cresci com o dezembro a pensar já no próximo ano. Vocês não veem a frustração do Pote, do Nuno ou do Bragança, que não conseguem ajudar a equipa. O Trincão está morto e sabe que domingo não pode haver cansaço”, carimbou.
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“Mas vejo que somos líderes no campeonato, que passámos aos quartos da Taça, que estamos na Champions e na final four da Taça da Liga. Um clube que tem 90% da SAD, onde acabou o medo de a entregar aos bancos. Olhem para o exemplo dos nossos jogadores, do nosso capitão em campo – ele morre em campo”.
Recordando algumas das exibições nas últimas semanas, Varandas apelida como injustas as derrotas diante do Santa Clara e Moreirense e criticou o Conselho de Arbitragem “com arbitragens infelizes. Continuo a acreditar nesse órgão. Revejo-me e percebo porque o próprio CA meteu na jarra os árbitros que apitaram esses jogos”, observou.
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O presidente comentou ainda a onda de lesões que afastou elementos como Pote, Nuno Santos, Morita, Daniel Bragança ou Gonçalo Inácio. “Agora tirem cinco titulares aos nossos rivais. E pensem se a equipa não vai sofrer. Sofre... Só que para além do choque emocional que houve, da perda do nosso treinador, aconteceu nos nossos adeptos, staff, jogadores… Era inevitável”.
