TAD decide a favor de Conrad Harder e do Sporting
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) anulou a suspensão de um jogo e a multa de 510 euros aplicadas a Conrad Harder, avançado dinamarquês do Sporting, na sequência da sua expulsão no encontro com o Santa Clara (com vitória leonina por 0-1), em abril deste ano. O incidente ocorreu na 29.ª jornada da Liga Portugal, após o árbitro Cláudio Pereira entender que o jogador celebrou de forma provocatória no final do jogo nos Açores.
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O cartão vermelho resultou de um alegado grito de “yeah, considerado de tom provocatório, supostamente dirigido à equipa adversária depois do apito final. O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aplicou então a suspensão e a coima, entendendo que houve comportamento antidesportivo por parte do jogador leonino.
Os leões recorreram da decisão, alegando irregularidades processuais e falta de fundamentação nas decisões disciplinares. Entre os argumentos apresentados, destacou-se a ausência de resposta ao pedido de diligência para ouvir o árbitro e esclarecer o momento que envolveu também Luís Rocha, defesa dos açorianos.
Uma reversão…fora de tempo
O TAD considerou que o CD violou o direito de defesa de Conrad Harder ao não se pronunciar de forma fundamentada sobre esse pedido. Segundo o tribunal, esta omissão comprometeu assim o direito de audiência e a possibilidade de esclarecer os factos, o que justificou a anulação da sanção.
Contudo, apesar da vitória jurídica, a decisão chega tarde para o jogador e para o clube. Harder cumpriu então a suspensão no jogo seguinte, frente ao Moreirense, e a multa já foi liquidada. Ainda assim, o acórdão é visto como um importante precedente para situações semelhantes no futuro.
Harder em ação durante a pré-época 2025 do Sporting. Foto: Gualter Fatia/Getty Images.
Precedente importante para o futuro?
Fontes próximas do processo sublinham que a decisão do TAD reforça, portanto, a necessidade de maior rigor e transparência nos procedimentos disciplinares. Por outro lado, para o clube de Alvalade esta foi mais uma batalha ganha fora das quatro linhas, reforçando a postura do clube em defesa dos seus atletas.
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De facto, com esta anulação e “vitória” do Sporting, o caso de Conrad Harder encerra-se juridicamente, mas abre espaço para um debate sobre a forma como são conduzidos os processos disciplinares no futebol português. O episódio deixa igualmente no ar a reflexão sobre a rapidez das decisões e a sua real eficácia no contexto competitivo.
