A 6680 quilómetros de Guimarães
O Vitória SC viaja até ao Cazaquistão para jogar com o Astana a jornada 4 da UEFA Conference League. O jogo está marcado para as 15h30, hora portuguesa, e terá transmissão na DAZN 1. Com uma nota especial: os portugueses fizeram 6680 quilómetros para chegar a Almaty, cidade onde o clube cazaque tem casa emprestada.
É um número impressionante, o equivalente a cruzar Portugal de lés a lés por uma dúzia de vezes. Nunca anteriormente um clube percorreu tamanha distância para competir numa prova da UEFA. Isto porque quando em 2016 o Benfica jogou com o Astana, fê-lo na sua cidade de origem. Então, os encarnados ‘só’ percorreram 6173 quilómetros.
Foram, portanto, mais de dez horas de viagem, equivalentes a quinze; à chegada, a equipa vimaranense viveu um salto temporal, com o fuso a adiantar o relógio em cinco horas. E quando o árbitro apitar para o início do jogo, espera-se uma temperatura de um grau. Uma série de contingências que tornam este jogo único, e para as quais é muito difícil preparar-se.
Os Conquistadores da Europa
Os jogadores de Rui Borges têm feito um percurso brilhante na Conference League. Digno dos livros de recordes – onde já inscreveu o seu nome, com nove vitórias em nove partidas disputadas. A epopeia vimaranense começou nos playoffs de apuramento e prolongou-se à Fase de Grupo. É, já, a melhor prestação continuada de sempre de uma equipa portuguesa na Europa.
Agora, e após cruzar, literalmente, todo o continente, O Vitória SC enfrenta-se a um Astana que terminou há dezoito dias o seu campeonato. Com o 2º lugar no bolso, os anfitriões prometem oferecer dificuldades a uma equipa desgastada pela viagem e pelas condições meteorológicas mais adversas.
“Vamos sempre deixar tudo em campo. O jogo com o Vitória não é exceção”, garantiu o técnico cazaque.
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“Teremos de sofrer juntos”
Já treinador vimaranense não vai poder contar com o contributo de Mikel Villanueva, Gustavo Silva e Tomás Ribeiro. Em conferência de imprensa, Rui Borges antecipou o duelo. “Acredito que estão empenhados ao máximo nesta prova porque o campeonato terminou. Terão uma entrega muito grande ao jogo. Teremos de sofrer juntos, mas vamos estar preparados”, afirmou.
Rui Borges não espera facilidades na deslocação ao Cazaquistão, mas confia na vitória. Foto: Imago
Com o objetivo de dar continuidade ao sonho europeu, o técnico falou sobre as dificuldades específicas deste encontro. “Mais do que o frio, o sono e a alimentação preocupam-me. Contudo, tentámos minimizar as consequências. Esperamos que os jogadores se adaptem da melhor forma para dar uma boa resposta”.
Com esperança e responsabilidade, o Vitória SC entra em campo com a ambição de mostrar-se cada vez mais capaz de “estar nestas andanças” europeias, como apontou o seu técnico. A fase seguinte da Conference League está já ali…