Um jogo para a história!
O Manchester City foi surpreendido pelo Al-Hilal, equipa da Arábia Saudita, e está fora do Mundial de Clubes 2025 após uma derrota por 3-4, num jogo eletrizante. O encontro dos oitavos de final, disputado no Camping World Stadium em Orlando, ficará marcado como um dos mais emocionantes da história da competição, com golos, reviravoltas e exibições inspiradas, como do guarda-redes Yassine Bounou ou do avançado Marcos Leonardo.
O Al-Hilal tornou-se num favorito à vitória?
O Al-Hilal tornou-se num favorito à vitória?
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O jovem brasileiro foi decisivo ao marcar dois golos e conduzir a equipa treinada por Simone Inzaghi a uma vitória histórica frente à poderosa equipa europeia orientada por Pep Guardiola. No entanto, aquilo que mais tocou os adeptos, jornalistas e colegas foi o discurso comovente que deu no final da partida.
“É muito especial. Sou ponta-de-lança, muito novo, e vivo de golos. Graças a Deus pude ajudar, mas passei um momento muito difícil nos dois últimos meses”, começou por referir Marcos Leonardo, com a voz embargada, em entrevista do jogador do Al-Hilal à CazéTV.
“Temos de valorizar a mãe, o pai, a família…se não fossem eles, eu não estaria aqui”
O internacional pelas camadas jovens brasileiras revelou que a mãe esteve internada em estado grave. Portanto, isso afetou profundamente o seu estado emocional: “A minha mãe ficou 23 dias entubada, 60 dias na UCI [Unidade de Cuidados Intensivos]. Hoje está bem, mas esses foram dois meses difíceis para a família e para mim“, revelou.
O goleador explicou ainda que dedicou os golos à mãe, sendo que a própria acompanhou a partida pela televisão: “Quando fiz aqueles dois golos, lembrei-me logo dela. Aliás, ela pôde ver o jogo. Nós temos de valorizar a mãe, o pai, a família…se não fossem eles, eu não estaria aqui. Tenho a certeza disso”, salientou.
O que Marcos Leonardo disse do golo decisivo do Al-Hilal?
Além do peso emocional, Marcos Leonardo enfrentou igualmente dificuldades físicas durante o jogo. Nos instantes finais, sentiu um estiramento muscular e cãibras nas duas pernas. Contudo, recusou sair.
“Fui fazer um sprint e puxou-me logo a panturrilha. O Ederson foi lá ajudar-me e vi o pessoal a pedir substituição. Mas eu disse: ‘não, não vou sair’. No lance do golo, quando domino, as duas pernas prenderam, mas não podia falhar. Graças a Deus, marquei”, relembrou o avançado.
Por fim, o jogador agradeceu ainda o empenho coletivo da equipa e classificou a vitória como histórica: “Tenho de agradecer a toda a equipa pelo sacrifício. É muito difícil um jogo assim. Esta classificação entra para a história do clube e da minha vida“, rematou.