Sergio Ramos, lenda do Real Madrid, é apresentado no Monterrey e promete: “Não estou aqui para…”

“Ganhar novos títulos”

Dias depois de Sergio Ramos ser oficializado como reforço do Monterrey, equipa mexicana, o defesa-central foi apresentado perante os adeptos. O ex-Real Madrid explicou então a razão pela qual decidiu aceitar esta nova aventura, fora da Europa, e sete meses depois de ter deixado o Sevilha a custo zero.

“O Monterrey ofereceu-me o equilíbrio que eu procurava. Ficámos muito impressionados com a sua ambição de ser a melhor equipa de toda a América, bem como com a possibilidade de disputar o Apertura, o Clausura, a CONCACAF e o Mundial de Clubes“, disse, em conferência de imprensa.

Quanto ao seu compromisso como jogador do conjunto igualmente conhecido por Rayados, Ramos demonstrou querer “transmitir a experiência e liderança aos companheiros de equipa em momentos específicos de pressão“. Apesar de ter alcançado os títulos mais altos a que um futebolista pode desejar, garantiu que é “uma pessoa que nunca se cansa de ganhar. No futebol não se vive do passado, estou aqui para tentar ganhar novos títulos“, assegurou.

“Hora das Taças mudarem de armários”

Sobre as condições que espera encontrar no futebol mexicano, comentou o seguinte: “Disseram-me que é uma liga fisicamente forte, que talvez não tenha o mesmo ritmo ou a mesma intensidade que na Europa. Mas esperemos que seja uma liga divertida e competitiva, onde nos possamos divertir”, afirmou o ex-Paris Saint Germain.

O central, considerado um dos melhores deste século, aceitou igualmente o desafio de levar o Monterrey a acabar com o domínio do América e do rival Tigres: “Chegou a hora das Taças mudarem de armários“.

Do que é que Sergio Ramos precisa para se estrear pelo Monterrey?

“Nunca precisei de uma braçadeira para ser um líder, para comandar“, referiu, perante a possibilidade de usar a braçadeira de capitão. “Se a direção e o balneário pensarem nisso e decidirem fazê-lo, ficarei orgulhoso“. Embora pareça estar em forma, Sergio Ramos admitiu que precisa de “duas ou três semanas de trabalho” antes de estrear com camisola do Monterrey.

Recordamos que a lenda madrilena e de Espanha foi recebido por 33729 adeptos no estádio BBVA, com capacidade para 53529 pessoas. O internacional espanhol vestiu a camisola com o seu novo número, o 93, que faz assim alusão ao minuto em que marcou o golo na final da Champions League em 2013/14. “É o momento mais importante da minha carreira, o mais épico. Portanto, é altura de deixar um pouco o 4 na gaveta e levar o 93 a passear”, destacou.

Atualmente, o Monterrey é 13.º classificado, mas o defesa vê isso como um bom desafio: “Venho com a mentalidade de que as taças mudam de equipa. Pode-se perder de muitas maneiras, mas não se pode negociar a atitude e tem de se deixar tudo lá dentro. O meu historial está lá e isso não pode ser apagado. Não estou aqui para beber e venho para cá para ganhar novos títulos“, prometeu.