Tuchel explica por que trio Bellingham, Foden e Kane não joga junto
Thomas Tuchel voltou a agitar a torcida inglesa ao explicar por que, por enquanto, Jude Bellingham, Phil Foden e Harry Kane não cabem juntos entre os titulares. O treinador alemão, no entanto, diz que o mais importante é manter a forma de jogar que ele criou na seleção.
Desde que Tuchel assumiu, a Inglaterra atua num 4-3-3 básico: Kane fica centralizado, e dois pontas bem abertos dão largura ao ataque. Bukayo Saka, do Arsenal, é dono do lado direito. Do outro lado, Anthony Gordon, do Newcastle, e Marcus Rashford, do Barcelona, disputam espaço.
Sobra, então, uma só vaga de meia-armador — o famoso camisa 10 — para servir Kane. É nesse ponto que Bellingham e Foden esbarram em adversários fortes como Morgan Rogers, Cole Palmer, Morgan Gibbs-White e Eberechi Eze.
Em entrevista à rádio TalkSport, o técnico foi direto quando perguntaram se dava para usar o trio ao mesmo tempo: “Neste momento, se mantivermos a estrutura, eles não podem jogar juntos”. Para ele, o coletivo vem antes da tentação de escalar o “trio dos sonhos”.
Bellingham, Foden e Rogers duelam por espaço
Tuchel lembra que os pontas são “especialistas” nas suas posições e não podem ser trocados sem prejudicar o equilíbrio entre defesa e ataque. A briga pelo papel de armador está intensa. Bellingham vive grande fase na Espanha, fazendo gols e assistências. Rogers virou titular em cinco dos oito jogos sob Tuchel.
Já Foden, antes visto como ponta, agora é chamado pelo treinador de “mistura de falso nove com camisa 10”, ganhando pontos pela versatilidade. Mesmo assim, muitos acreditam que apenas um deles vai à Copa de 2026. Tuchel admite que decisões difíceis virão.
“Não será por falta de mérito individual”, avisou. “Sempre farei o que for melhor para vencer.” Levar cinco camisas 10 para um torneio, segundo ele, não faz sentido: “Não vejo como isso nos ajuda”. Apesar do tom firme, o alemão vê espaço para ajustes. Foden pode ser testado mais recuado, como um “oito e meio”, posição que já faz no City.
Se funcionar, outro atleta pode ganhar a vaga de armador, mudando a ordem no meio-campo. Mesmo assim, Tuchel frisa que qualquer mudança precisa ser treinada antes de jogos decisivos. A Inglaterra já garantiu vaga na Copa de 2026 — nos EUA, Canadá e México — com duas rodadas de antecedência, mas encara os duelos restantes das Eliminatórias como teste.
Inglaterra enfrenta Sérvia e Albânia já classificada para do Mundo 2026
Nesta quinta-feira, recebe a Sérvia em Wembley; no domingo, visita a Albânia. Rogers sente a coxa e pode abrir espaço para Bellingham começar jogando, aumentando a pressão sobre o técnico. Mesmo com cobranças externas, Tuchel segue tranquilo.
“Tomamos decisões duras em toda convocação, e isso não mudará num torneio”, disse. Ele quer que o time chegue à Copa com funções claras, evitando a confusão de seleções que tentam encaixar estrelas sem pensar no conjunto.
