O jornal “Corriere della Sera”, publicou uma denúncia de fraude fiscal em um acordo envolvendo a Juventus e Cristiano Ronaldo. A publicação mostra um acordo entre o clube e o jogador, ainda em 2020, para adiar quatro meses de salário do astro.
O documento conhecido como “carta secreta” já conhecidopelo Ministério Público da Itália, revela o acordo da Juve de pagar quase 20 milhões de euros (R$ 105 milhões), o equivalente a quatro meses do salário do portuguêsna época. Mas, este valor não está incluso no balanço anual correspondente.
O clube alega que havia acordado uma redução salarial dos seus jogadores para aliviar os efeitos da pandemia na economia, mas o MP descobriu, também graças a esta “carta secreta”, que o acordo não era uma renúncia, mas de adiamento do pagamento de três dos quatro meses acordados (de março a junho de 2020).
O documento foi apreendido pela polícia italiana em 2022, segundo o jornal, durante buscas realizadas na sede da Juve. O acordo foi assinado apenas pelo então diretor esportivo, o italiano Fabio Paratici.
A Juventus não adiou o pagamento apenas de Cristiano Ronaldo. Outros nomes do elenco, como o argentino Paulo Dybala e o italiano Chiellini também chegaram ao mesmo acordo com o clube italiano.
As investigaçõesdas autoridades italianas sobre irregularidades na contabilidade da Juventus começaramem novembro de 2021. Procuradores de Turim analisaram os três últimos balanços financeiros do clube e encontraram indícios de crime por “falsas comunicações de empresas cotadas e emissão de faturas de operações inexistentes”.
Mais problemas encontrados
Outro problema divulgado foi o pagamento de indenizações a agentes de futebol por transferências de jogadores que não foram concluídas.
O ex-presidente do clube, Andrea Agnelli, o ex-vice-presidente Pavel Nedved (ex-jogador), o antigo diretor esportivo Fabio Paratici, e mais 12 pessoas já foram indiciados.