Polêmicas no Choque-Rei
São Paulo e Palmeiras se enfrentaram no último domingo (3), no MorumBis, em partida válida pela penúltima rodada do Campeonato Paulista, que terminou com o placar em 1 a 1.
O jogo foi repleto de polêmicas envolvendo a arbitragem e confusão após o apito final. O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, chamou o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, de “português de m*”. Após a fala, o clube analisou medidas na Justiça pelo ato que definiu como xenófobo.
Palmeiras x Botafogo-SP. Quem vence?
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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, falou pela primeira vez após a confusão e ofensas de membros da diretoria do São Paulo. Ela externou sua revolta e afirmou que estuda com seus advogados se é possível proibir a entrada de Carlos Belmonte em partida do Palmeiras como mandante.
“Vi o vídeo horrível do senhor Carlos Belmonte xingando nosso treinador e acho que tudo na vida a gente tem que refletir primeiro antes de falar. Por isso estou aqui hoje, de cabeça fria. Espero que as autoridades tenham uma atitude exemplar, punindo Belmonte para que isso não aconteça novamente. Vou conversar com meus advogados que eu gostaria que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes. Temos que coibir essa violência insana, e nós como dirigentes temos que ser os primeiros a levantar essa bandeira”, iniciou Leila, em entrevista ao GE.
Leila critica São Paulo e presidente Julio Casares
“Aquilo é inadmissível e eu só acredito que conseguimos coibir esse tipo de violência com punição, e tem que começar pelos dirigentes. Eles querem jogar para a torcida deles, para ficar bonito com o torcedor, só que o São Paulo não joga sozinho. Acaba incitando uma violência com os outros clubes, que o torcedor comum não tem culpa. Estamos muito revoltados e não vou admitir que alguém agrida fisicamente ou verbalmente qualquer um dos nossos profissionais”, disse.
O presidente do São Paulo, Julio Casares criticou a postura de Abel Ferreira na beira do campo e pediu mudança de postura da Federação Paulista de Futebol (FPF) com o treinador. Leila, por sua vez, também criticou o mandatário são-paulino e revelou que ele não a procurou desde os problemas. “Eu não tenho que procurá-lo. Ele quem tem que me procurar. Fui desrespeitada na casa dele. Ele teria que me procurar e ainda pedir desculpas públicas. Quero desculpas públicas e o comprometimento de que isso não vai acontecer mais“
“Futebol é entretenimento. Tem que começar por nós coibir esse tipo criminoso de rivalidade. Como se coíbe? Respeitando seu adversário, não dando esse ataque histérico que o São Paulo deu. O dirigente que fala uma coisa e age de outra forma. Você fica bem com a torcida conquistando títulos, pagando contas em dia, tendo atletas respeitando porque honra os compromissos. Não existe mais no século 21, não cabe mais os cartolas do passado que gritavam, batiam na mesa. Isso não existe mais‘.
O último episódio entre as equipes coloca um ponto final na tentativa de aproximação, que foi promovida justamente pela presidente do Palmeiras e do São Paulo ainda no ano passado. Porém, a rivalidade dentro de campo se aflorou e, segundo Leila, se transformou institucional por parte do Tricolor.